De acordo com comunicado da organização, a mostra que traz a Almada espetáculos, oficinas, performances e conversas é dedicada à criação de dança contemporânea, à partilha artística e à difusão de trabalhos performativos movidos pelo desejo de experimentação e de exceder fronteiras.

Com coorganização da Casa da Dança e Núcleo de Artes Performativas de Almada, o evento conta com os apoios da Câmara Municipal de Almada e da República Portuguesa - Cultura/Direção-Geral das Artes.

Nesta segunda edição, a mostra tem nomes como Vera Mantero (Portugal), Marcelo Evelin (Brasil/Holanda), Vania Vaneau (Brasil/França) ou Volmir Cordeiro (Brasil/França), e decorre em espaços como o Teatro Municipal Joaquim Benite, o Auditório Osvaldo Azinheira ou a Casa Municipal da Juventude, em Cacilhas.

“Em escutas sensíveis do corpo, estes criadores transformam com as suas danças hábitos percetivos, intensificam vitalidades, friccionam limites e transbordam em direção ao outro”, explicou a organização em comunicado.

Vania Vaneau, coreógrafa brasileira radicada em França, apresenta na sexta-feira, no auditório Osvaldo Azinheira, na Academia Almadense, a performance "Blanc", uma investigação sobre transe e transformação, revelando diversas faces que compõem um corpo individual.

Partindo de rituais de transe afro-brasileiros e do movimento antropofágico investiga um corpo formado por multiplicidades.

A 26 de fevereiro, a mostra leva à Casa Municipal da Juventude de Cacilhas “Barricada”, de Marcelo Evelin, bailarino, coreógrafo, diretor, investigador e professor de improvisação e composição que deixou o Brasil em 1986 para estudar dança e coreografia em Paris, seguindo depois para Amesterdão, onde se radicou.

Este projeto de Marcelo Evelin tem ainda um formato de oficina-performance, uma das ações do programa da Transborda.

No dia 27 de fevereiro, no auditório Osvaldo Azinheira da Academia Almadense, a Transborda apresenta o espetáculo Época com a coreografia e interpretação de Volmir Cordeiro e Marcela Santander.

Em “Época”, um arquivo de questões propostas por mulheres artistas do século XX, é revisitado e avivado pelos ‘performers’ com danças feitas de êxtase, de prazer, de gozo, de subversão, de lascívia, de susto, de extravagância e de alegria.

No dia 04 de março, o Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, recebe “Le Cri e Sur e Fil”, de Nacera Belaza, onde é explorada uma espécie de movimento que parte do íntimo para a superfície, uma jornada interna, numa escuta sensível do corpo, do espaço e do vazio.

“La Burla”, que sobe ao palco da Casa Municipal da Juventude de Cacilhas a 12 de março, é primeiro trabalho conjunto de Bruno Brandolino e Bibi Dória.

Da programação, destaque ainda para “Zonas de Contacto”, com Vania Vaneau, destinadas a profissionais, estudantes e interessados em artes performativas com alguma experiência em práticas corporais e para os laboratórios de composição e interpretação “O Corpo Pensante”, com Vera Mantero.