O aro, de estilo helenístico, foi descoberto em outubro de 2017 durante escavações num lugar arqueológico chamado Cidade de David e foi objeto de um artigo científico, mas ainda não havia sido apresentado à imprensa.
"Não sabemos muito sobre Jerusalém na época helenística", nos séculos III e II antes de nossa era, explicou à AFP Yuval Gadot, professor na Universidade de Tel Aviv e codiretor das escavações.
A cidade "sempre foi considerada muito conservadora, não deixava entrar objetos procedentes do mundo exterior", acrescentou, de modo que encontrar um brinco de estilo grego "é muito surpreendente".
"Isto abre um debate sobre a natureza da população de Jerusalém" naquela época, apontou.
Não se sabe se o brinco era usado por um homem ou uma mulher, assim como a sua religião, afirmou a autoridade arqueológica israelita num comunicado.
Mas a qualidade da joia e o facto de ter sido descoberta perto do Monte do Templo, onde se elevava o templo judaico de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era, levam a supor que o seu proprietário pertencia a uma classe privilegiada, acrescentou.
A Cidade de David encontra-se aos pés da muralha da Cidade Velha em Silwan, um bairro palestiniano de Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel.
É um local onde se realizam escavações israelitas intensivas e controversas, devido à disputa com os palestinianos pela soberania de Jerusalém Oriental e à importância da questão histórica em tal contexto.
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