Intitulada “Cuaderno de Exercícios”, a mostra interativa, que ficará patente até 02 de novembro, surge na sequência da retrospetiva que foi dedicada a Luis Camnitzer no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid.

Com curadoria de Bruno Leitão, a mostra apresenta uma série iniciada em 2011, que Camnitzer, de 82 anos, tem prosseguido com apresentações em diferentes suportes e contextos, e composições que resultam sempre imprevisíveis, de acordo com a informação do Hangar.

O trabalho concretiza-se com a participação dos visitantes, que são convidados a seguirem instruções, e a dar resposta a exercícios intervindo diretamente nas paredes.

No Hangar serão expostos 18 exercícios constituídos por enunciados na língua materna do artista — o espanhol, e elementos aleatórios, por vezes ilustrativos.

Num dos exercícios é apresentado o seguinte pedido aos visitantes: “Existem doze passos entre a infelicidade e a felicidade. Como descreveria cada uma dessas etapas?”.

Camnitzer foi uma referência central na criação do programa artístico que orienta o Hangar, e apresentar o artista em Portugal é uma antiga ambição de Bruno Leitão, curador responsável pelo programa de exposições e cofundador do espaço, que finalmente se concretiza, justifica a organização, em comunicado.

“Luis Camnitzer é um artista, pensador e educador cuja influência é fundamental para muitos artistas, teóricos e curadores. O seu corpo de trabalho e o alcance geográfico intimidador dos seus escritos sobre a história da arte conceptual foram fundamentais para uma perceção mais ampla das implicações políticas do conceptualismo”, sublinha o curador na apresentação do projeto.

Entre setembro e outubro o espaço de exposição será ativado por um conjunto de atividades desenvolvidas no âmbito do projeto de Participação do Hangar, dirigidas a participantes dos seis aos 14 anos (Mini-Hangar), dos 15 aos 25 anos, e a grupos de escolas, mediante reserva e pré-inscrição.

A exposição pode ser visitada de quarta-feira a sábado entre as 15:00 e as 19:00.

Nascido em 1937 na Alemanha, Luis Camnitzer emigrou com a família para o Uruguai quando tinha um ano de idade, e em 1964 mudou-se para Nova Iorque, onde vive até hoje.

Professor emérito da Universidade do Estado de Nova Iorque, foi também curador de artistas emergentes no Drawing Center, e, em 1999, organizou com Jane Farren e Rachel Weiss a exposição “Global Conceptualism: Points of Origin 1950S-1980S” no Queens Museum of Art.

A exposição teve como objetivo contar uma história mais inclusiva e contra-hegemónica do nascimento e desenvolvimento do conceptualismo em todo o mundo.

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