Depois de ter sido nomeada para quatro prémios Eisner, por conta da edição norte-americana (com o selo da Top Shelf e tradução de Gabriela Soares), a novela gráfica “Balada para Sophie”, do argumentista português Filipe Melo (na foto) e do desenhador argentino Juan Cavia, vai ser agora adaptada a série de televisão.

“‘Balada para Sophie’ (Universal International Studios), do músico português Filipe Melo e do artista Juan Cavia, é um conto arrebatador sobre o que acontece quando uma jovem jornalista incita uma superestrela musical que vive em reclusão a quebrar finalmente o seu silêncio”, descreve o ‘site’ Deadline.

O livro esteve indicado para os Eisner, conceituados prémios norte-americanos de banda desenhada, nas categorias de Melhor Álbum de BD, Melhor Edição Americana de um Livro Estrangeiro, Melhor Argumentista e Melhor Desenhador.

Esta nova nova colaboração de Filipe Melo e Juan Cavia, convoca para a narrativa um imaginário do cinema, da música e da literatura.

Com mais de 300 páginas, o livro tem como ponto de partida a rivalidade entre dois pianistas franceses, que nos anos de 1930 competem num concurso de jovens talentos.

A história é contada na perspetiva de um dos pianistas, Julien Dubois, que, sabendo-se no fim de vida, procura redimir-se do passado numa longa entrevista com uma jornalista.

“Balada para Sophie” foi editada em 2020, em Portugal, pela Tinta-da-China, e reeditada em 2021 pela Companhia das Letras, tendo já sido adaptada para teatro, com encenação de Maria João Luís.

A obra já venceu os Prémios Bandas Desenhadas 2020, nas áreas de publicação, argumento e ilustração nacionais, e o prémio de melhor banda desenhada de autor português do festival AmadoraBD, em 2021.

A primeira colaboração literária entre Filipe Melo e Juan Cavia aconteceu já há uma década, quando lançaram o primeiro de quatro volumes de BD das "Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy", seguindo-se a novela gráfica "Os vampiros" e os dois curtos contos desenhados "Comer/beber".

"Balada para Sophie" é dedicado a Beatriz Lebre, a jovem estudante universitária de Psicologia e pianista de 23 anos, que foi morta em maio de 2020, por um colega da faculdade.