Inicialmente, a edição 2020 da Bienal de Arte do concelho de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, estava marcada para decorrer entre 10 de julho e 13 de setembro.
Em comunicado, hoje, enviado às redações, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) especificou que o formato presencial será realizado logo que "as condições epidemiológicas no país, associadas ao surto do novo coronavírus o permitam", e sublinhando que a edição deste ano vai "dar primazia às visitas virtuais, através da criação de uma plataforma digital".
A alteração resulta da decisão da Câmara de Vila Nova de Cerveira de "adiar todos os eventos de cariz público agendados até 31 de julho, como medida de caráter preventivo de propagação da covid-19, tendo em conta as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Governo português e da Organização Mundial de Saúde (OMS)".
"Para reforçar a internacionalização do evento, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira está também a preparar uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual à bienal de arte mais antiga do país e da Península Ibérica a partir de qualquer parte do mundo", destaca o comunicado.
Segundo a fundação que organiza o evento, "ao longo dos seus quase 42 anos de existência, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira viveu períodos conturbados e momentos de verdadeiro sucesso - todos eles se afirmaram verdadeiros motores de adaptação e reinvenção, legitimando a sua continuidade".
"Todos os momentos foram importantes para o seu percurso e todos foram superados graças à resiliência e ao esforço dos seus impulsionadores, dos decisores, dos artistas, dos cerveirenses e dos seus entusiastas. Estamos certos de que este será mais um desafio que conseguiremos ultrapassar e que juntos continuaremos a escrever a história da arte contemporânea portuguesa", reforça o comunicado.
A Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga da Península Ibérica, dedicada à arte contemporânea, realiza-se desde 1978.
Em 2018, a edição da bienal decorreu entre 15 de julho e 16 de setembro, e recebeu cem mil visitantes. A 20.ª edição apresentou mais de 600 obras, de 500 artistas de 35 países em 8.300 metros quadrados, num total de 14 espaços expositivos.
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