Trata-se da instalação “Campo/Contracampo, Prácticas en el espacio expositivo”, de José Pedro Croft, que pode ser visitada até 15 de março de 2020, na Fundación Cerezales Antonino y Cinia (FCAYC), em Cerezales del Condado, um povoado da província de León.
Coprodução da Anozero e da fundação local, a exposição abre ao público no domingo, às 12:00 (hora de Espanha), no âmbito de um programa com visita guiada.
Numa segunda fase, será acolhida no Convento de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, num “primeiro ato da programação” para o espaço daquele monumento, na margem esquerda do rio Mondego, “com exposições de longa duração, para lá da produção da bienal”, segundo um comunicado da Anozero.
Os trabalhos de José Pedro Croft expostos na sala Cerejeiras da FCAYC constituem uma “intervenção escultural de grande formato que lida com as relações entre forma e espaço”.
“De acordo com seus trabalhos anteriores, que desenvolvem algumas questões de minimalismo e arte conceitual, a intervenção está na interseção que compõe a arquitetura e o próprio corpo em relação a ela”, salientam as duas entidades organizadoras.
Num documento conjunto, afirmam que “a arquitetura particular da Fundación Cerezales Antonino y Cinia, na qual o edifício é integrado na paisagem praticamente sem medo, serve a José Pedro Croft para mostrar como a arte em geral — e concretamente a sua prática escultural — é apresentada como uma espécie de território intermediário”.
“Nesse campo, o tempo e o espaço são medidos de maneira diferente: a instalação escultural gera uma série de passagens que (…) altera as relações convencionais entre arquitetura, paisagem e corpo”, sublinha ainda.
José Pedro Croft nasceu no Porto, em 1957, e formou-se em Pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em 1981.
O início da sua carreira artística, reconhecida internacionalmente, foi marcado pelos trabalhados realizados no ateliê do escultor João Cutileiro.
Comentários