Devido às restrições da pandemia da covid-19, a edição deste ano do certame, da qual a câmara de Lisboa é parceira, decorreu numa plataforma digital, com a exibição das obras pelas galerias participantes, e debates entre especialistas do setor.
Contactada pela Lusa sobre eventuais compras no certame, fonte da autarquia indicou que foi decidido "reforçar o apoio ao sector das artes plásticas/arte contemporânea através da aquisição de mais um conjunto de obras de arte".
As obras dos 24 artistas, na sua maioria portugueses - entre os quais Tatiana Macedo, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Sara Bichão, e Miguel Palma - vão ser integrados no "Fundo de Aquisições de Arte Contemporânea da CML" (Câmara Municipal de Lisboa), que se encontra à guarda do Museu de Lisboa/Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).
"A verba inicial prevista de 100 mil euros foi alargada em mais 50 mil euros, perfazendo um total de 150 mil euros, para ajudar a fazer face à crise no sector gerada pela pandemia covid-19", indicou a autarquia, numa resposta enviada por comunicado.
Para fazer as aquisições, a comissão de compra considerou "a diversificação de artistas, géneros e gerações, portugueses ou residentes há mais de três anos em território nacional, alargando as possibilidades de aquisição também a autores sem representação comercial, dirigindo o seu foco para a consistência dos respectivos percursos e para a diversidade de linguagens artísticas nos diferentes meios plásticos", justifica a autarquia.
Entre os artistas selecionados estão ainda Ana Santos, Augusto Alves da Silva, Bruno Pacheco, Catarina Dias, Dealmeida Esilva, Igor Jesus, Isabel Madureira Andrade, Joana Escoval, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, Maria Capelo, Mattia Denisse, Noé Sendas, Nuno Henrique, Pedro Tropa, Ricardo Jacinto, Rosa Carvalho, Teresa Carepo e Von Calhau!.
As obras foram selecionadas por uma comissão que integra cinco especialistas entre os quais três elementos independentes: o curador Sérgio Mah, a curadora Isabel Carlos, o curador Miguel Von Hafe Perez, e dois elementos da CML/EGEAC, a diretora do Atelier-Museu Júlio Pomar, Sara Antónia Matos, e a diretora do Museu de Lisboa, Joana Sousa Monteiro.
O Fundo de Aquisições de Arte Contemporânea da CML foi iniciado em 2016 com o objectivo de valorizar os acervos do município e as possibilidades de exposição nos seus equipamentos de arte contemporânea.
Visa ainda constituir uma fonte de empréstimo para instituições congéneres, "contribuindo para uma representação mais alargada e uma compreensão profunda da história da arte contemporânea", segundo a descrição da missão do fundo.
De acordo com uma balanço divulgado esta semana pela organização da ARCOlisboa, o certame 'online' recebeu mais de 120.000 visitas e gerou cerca de 500 contactos de visitantes com galerias.
Ao longo de quase quatro semanas, 70 galerias, sobretudo portuguesas e espanholas, exibiram uma seleção de obras de arte contemporânea na mostra 'em linha'.
Comentários