“Isto é uma nova fase. Para mim seria muito estranho estar a cantar Amor Electro sem os Amor Electro”, disse Marisa Liz à agência Lusa, a propósito da digressão de apresentação de “Girassóis e Tempestades”, que é editado na sexta-feira.
Marisa Liz, de 40 anos, começou a carreira nos Popline, tendo também passado pelos Onda Choc, Dona Maria e bandas de bares, até chegar aos Amor Electro, formados em 2010 e que onze anos depois anunciaram uma “pausa criativa indefinida” na carreira, para darem “espaço a novos projetos paralelos”.
“Eu faço música pela ligação emocional que tenho com a música, e isso é a primeira base de tudo. Por isso é que pausámos, porque somos amigos. Podíamos ter continuado, porque a banda tinha sucesso e tínhamos concertos. E podíamos ter estado mais dez anos, mais vinte anos. Em primeiro lugar está a sinceridade que temos em relação à música e a nós mesmos”, disse à Lusa, durante uma entrevista a propósito do primeiro álbum a solo.
Quando questionada sobre se no alinhamento dos concertos a solo haverá espaço para temas dos Amor Electro, Marisa Liz respondeu que não.
“Tomei essa decisão de forma muito consciente. Sei que para as pessoas se calhar vai ser difícil, para mim também. Mas espero que a malta aceite isto como eu e que vá junto comigo. Porque é um caminho novo. Para eles em relação a mim e um caminho novo para mim. ‘Bora’ fazer este caminho juntos. Se as pessoas eventualmente a meio do concerto lhes apetecer cantar uma música de Amor Electro, então cantem para mim e eu vou adorar”, disse.
Na digressão que começa no sábado, a cantora irá apresentar “Girassóis e Tempestades” “praticamente na íntegra”, bem como “algumas versões de umas canções” de que gosta.
“Não sei se as pessoas vão gostar ou não, mas é impossível ficar indiferente”, disse.
Nesta nova fase da carreira, em palco, a cantora estará acompanhada por Ariel Rosa (bateria), Gui Salgueiro (teclados), Penthy Roussies (baixo) e Vasco Duarte (guitarra) — “a pessoa que quando o Rex [Rui Rechena, um dos fundadores dos Amor Electro, em 2019] ficou doente nos deu a mão, e eu tinha que ter família comigo”.
Nos bastidores estará a equipa técnica de Amor Electro, “praticamente toda a gente”.
Depois de Oliveira do Bairro, onde atuará no Quartel das Artes, a digressão passa por Alcácer do Sal, em 24 de abril, Espinho, em 27 de abril, Chaves, em 29 de abril, e Estremoz, em 30 de abril.
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