“Com 76 anos, Carlos do Carmo sobe aos palcos com o objetivo de agradecer e retribuir ao público português todo o carinho e afeto que sempre recebeu ao longos dos seus 52 anos de carreira, e que o transformaram no ‘homem do mundo’“, afirma em comunicado a produtora do fadista.

Os fadistas são acompanhados por José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Marino de Freitas, na viola-baixo, contando ainda o espetáculo com a atuação do músico espanhol Antonio Serrano (harmónica), que atuou, entre outros, com Paco de Lucia, e em vários concertos com Carlos do Carmo.

Carlos do Carmo foi o embaixador da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, ao lado de Mariza, com quem aliás já cantou várias vezes, designadamente no Royal Albert Hall, em Londres, e com quem gravou.

Em 2014, o fadista, criador de êxitos como “Canoas do Tejo” e “Homem das Castanhas”, foi distinguido nos Estados Unidos com o Grammy Latino de Carreira, tendo-se tornado o primeiro artista português a ser distinguidos com este galardão (depois do Grammy Latino de melhor álbum de música clássica dado ao elenco de "La Dolores", com a soprano Elisabete Matos, em 2000).

No âmbito dos seus 50 anos de carreira, o fadista estreou, em abril do ano passado, o documentário “Carlos do Carmo: Um homem no mundo", realizado por Ivan Dias.

O primeiro disco de Carlos do Carmo foi editado pela Alvorada, em 1963, com o título "Mário Simões e o seu Quarteto apresentando Carlos do Carmo", ao qual se seguiu, em 1964, "Carlos do Carmo com a Orquestra de Joaquim Luís Gomes".

Ao longo da carreira, o criador de “Por morrer uma andorinha”, filho da fadista Lucília do Carmo, somou mais de duas dezenas de álbuns, entre antologias, registos ao vivo e de estúdio, como o mais recente "Fado é amor" (2013), em que partilha a interpretação com nomes como Camané, Mariza, Carminho, Ana Moura e Ricardo Ribeiro.