A assinatura do acordo para a integração na Casa-Museu Amália Rodrigues (1920-1999) realizar-se-á na cidade de Bougival, perto de Paris, no próximo domingo, dia 3.
“Participar nesta rede é uma honra e um passo importante na afirmação internacional da Casa-Museu Amália Rodrigues, que se integra assim num circuito europeu de casas e museus de personalidades como Mozart, Chopin, Beethoven, Bizet, Brahms e Pablo Casals. É um privilégio para o nosso país posicionar Amália entre os mais importantes músicos europeus de todos os tempos”, afirmou o presidente da Fundação Amália Rodrigues, Vicente Rodrigues.
A criação da rede CMME surge no âmbito da presidência francesa do Conselho da União Europeia e inclui já, em Portugal, as Casas António Fragoso, Francisco de Lacerda e Moreira de Sá e Costa.
Fundada e presidida por Jorge Chaminé, a CMME tem como objetivos organizar atividades culturais e artísticas centradas na mobilidade de jovens músicos, fomentar trabalhos de investigação, criar temporadas temáticas partilhadas pela rede, promover projetos de cooperação com a ajuda de fundos europeus, entre muitos outros desígnios.
Segundo a Fundação Amália Rodrigues, ao integrar-se nesta rede, prosseguirá o seu trabalho de preservação, estudo e divulgação do legado de Amália.
Ao mesmo tempo, será possível aprofundar a partilhar competências e experiências com as outras entidades da rede CMME.
Em março passado foi anunciada também uma exposição inédita do vestuário de Amália Rodrigues (1920-1999), patente até agosto nos museus do Calçado e da Chapelaria, em São João da Madeira, que inclui vestidos, joias e pares da sua coleção de 219 sapatos, fruto de uma parceria com a Fundação Amália Rodrigues.
No final do ano passado, o Ministério da Cultura anunciou que iria candidatar as gravações de Amália Rodrigues ao programa da UNESCO “Memória do Mundo”, pelo “valor universal excecional do registo da sua voz e da sua música”, no âmbito das celebrações do centenário da fadista.
Amália Rodrigues nasceu a 23 de julho de 1920, em Lisboa, no seio de uma família originária da Beira Baixa e tornou-se “oficialmente” fadista em julho de 1939, quando obteve a carteira profissional.
A menina que aos 15 anos brilhara na marcha de Alcântara, e desde logo chamara a atenção, passava a fazer parte do elenco de uma das mais prestigiadas casas de fado: o Retiro da Severa, rampa de lançamento daquele que viria a ser o mais internacional nome do fado.
Amália Rodrigues morreu em 6 de outubro de 1999.
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