O anúncio foi feito em Viena, na Áustria, na edição europeia do Amour Forum, que começou no domingo e decorre quarta-feira, atraindo desde consultores de viagens, organizadores de casamentos a hotéis e estâncias turísticas europeus.

O evento, que terá lugar entre 22 e 25 de novembro, é organizado pela britânica Worldwide Events, uma empresa que promove conferências profissionais, e foi lançado pela primeira vez em 2017, juntando anualmente cerca de 100 fornecedores dedicados a viagens românticas.

A candidatura foi um resultado de um trabalho em conjunto da equipa do Turismo de Portugal no Reino Unido, juntamente com a Câmara Municipal de Cascais e a agência organizadora de casamentos em Portugal White Impact.

"É um produto que nos pode ajudar a esbater a sazonalidade nos destinos de sol e praia e a diversificar a atividade turística nas restantes regiões de Portugal", afirmou o diretor coordenador para o turismo da Embaixada de Portugal no Reino Unido, António Padeira.

Os casamentos são considerados um segmento que tem vindo a ganhar relevância em termos de negócio para empresas nacionais na área do turismo, pelo que passou a fazer parte da estratégia promocional no mercado britânico.

A apresentação de Portugal como destino ideal tem estado a ser feita junto de ‘wedding planers', ou agências organizadoras de casamentos no estrangeiro, com viagens ao país.

Jane Palikira, diretora da Ionian Weddings, agência britânica organizadora de casamentos, adicionou Portugal recentemente a destinos como Grécia, Chipre, Malta, Itália ou Croácia.

"Organizamos entre 350 a 400 casamentos por ano e em 2019 já temos 10 casamentos em Portugal, no Algarve, Cascais e no Douro. A maioria dos meus clientes são do Reino Unido e procuram voos curtos, bom tempo e bons locais", disse à agência Lusa.

Com grupos em média de 40 a 80 pessoas, cada um destes casamentos custa entre 5.000 a 15.000 libras (5.720 a 17.170 euros), sem contar com viagens e alojamento.

"Portugal tem preços equivalentes a Itália. É cerca de 20% mais caro do que o Chipre ou Grécia, mas oferece uma qualidade diferente. Muitos dos nossos clientes são britânicos que conhecem Portugal como turistas", adiantou.

Também Dyana Simmons, da Optimum Weddings, tem vindo a investir em Portugal desde 2016, onde já realiza 40% dos cerca de 30 casamentos que organiza anualmente, 75% dos quais por casais indianos, sobretudo residentes no Reino Unido.

"Comecei há 12 anos em Espanha, mas há três anos começámos a investigar Portugal e está a correr muito bem. Tenho muito bons fornecedores, que percebem o que quero e que são muito versáteis, e os convidados têm afinidade por causa da ligação com Goa", adiantou à Lusa.

O Turismo de Portugal não tem estimativas sobre o impacto financeiro deste segmento, mas o estudo "Millennial Brides - Born in the 1980s, getting married today", sobre a geração nascida nos anos 1980, estimou que o turismo de casamentos movimente cerca de 10 mil milhões de euros por ano, mais cerca de oito mil milhões de euros gastos por convidados em alojamento.

O mesmo estudo, produzido em 2016 pelo economista José Luis Nueno, da universidade espanhola IESE Business School, para a Semana da Moda de Noivas em Barcelona, projetava 53,6 milhões de euros em receitas derivadas do turismo de casamentos só em Barcelona naquele ano, calculando que cada convidado gastasse por dia mais de 500 euros.

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