Chamada pelos cientistas liderados por Ignacio Gestoso de "plasticrosta", é composta por polietileno, mas falta ainda saber qual a sua proveniência.

A primeira hipótese avançada é que se trate de fragmentos de plástico que foram chocando contra as rochas da costa sul da Madeira por causa das ondas e marés.

Os cientistas publicaram as conclusões do seu estudo no boletim científico Science of the Total Environment e esperam agora continuar a investigação para saber mais sobre como se forma esta "plasticrosta".

Ignacio Gestoso disse ao ‘site’ Earther que, "provavelmente, as crostas foram formadas pelo choque de pedaços de plástico maiores contra a costa, o que levou a que o plástico formasse uma crosta, da mesma maneira que as algas e líquenes".

O investigador assinalou que o plástico pode gradualmente substituir outras coberturas naturais das rochas que são o habitat e fonte de alimentação de cracas ou burriés.

A equipa de Gestoso verificou que havia burriés a alimentarem-se de algas que cobriam a crosta de plástico, o que levanta a hipótese de os animais estarem também a comer plástico, podendo levar a que partículas do material bloqueiem o canal digestivo ou levem poluentes para dentro do seu sistema.

A primeira vez que as crostas de plástico foram detetadas aconteceu em 2016, mas no início deste ano, a equipa do centro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa voltou ao local e viu que o plástico ainda estava incrustado nas rochas, no que poderá vir a ser considerado "uma nova categoria de lixo marinho", refere o MARE em comunicado.

(Artigo corrigido às 18:53 do dia 1/7/19: alterada a fotografia que ilustra a notícia. A imagem anterior correspondia à costa da ilha de Porto Santo e não da Madeira)

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