Por ter várias valências nos edifícios em Lisboa e em Loures, de exibição, biblioteca, arquivo, serviço educativo, exploração livreira e de restauração, a reabertura da Cinemateca será feita em vários tempos e de forma gradual.
A Cinemateca Portuguesa suspendeu os serviços públicos a 13 de março, por causa da doença Covid-19, e começará por reabrir, a 01 de junho, o acesso à biblioteca, à livraria e ao restaurante, assim como o acesso a visionamentos, com marcação, no arquivo ANIM, em Loures.
Em comunicado, a Cinemateca explica que a 01 de julho serão retomadas as sessões de cinema na sede, repartidas entre a esplanada e uma das salas, com lotação limitada, e haverá alguma programação na Cinemateca Júnior.
A retoma da exibição de cinema será com uma programação específica, especialmente concebida “para este contexto de transição”.
A Cinemateca remete para “mais tarde” o retomar dos ciclos de cinema que foram interrompidos ou suspensos a 13 de março.
“Depois de uma pausa em agosto, será dado arranque à nova temporada, em termos exatos ainda a definir de acordo com as condições de funcionamento que virão a ser ditadas para esse período”, lê-se no comunicado.
“Gostaríamos que fosse uma coisa mais festiva, uma festa do reencontro. As circunstâncias vão limitar um pouco isso. Vai ser um processo progressivo. É de parte a parte”, disse o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, à agência Lusa.
Numa altura em que as salas de cinema ainda estão encerradas — está prevista a reabertura a partir de 01 de junho -, José Manuel Costa sublinha que vale a pena refletir sobre a experiência de ver cinema.
“Não há experiência completa do cinema sem a experiência da sala escura, da visão coletiva, foi assim que o cinema nasceu e é identitário da própria ideia de arte cinematográfica”, disse.
Durante estas semanas em que tem estado encerrada ao público, a Cinemateca reforçou a programação ‘online’, com filmes portugueses, conteúdos para os mais novos e ensaios sobre cinema.
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