Os dinossauros foram criaturas que dominaram o mundo pré-histórico, mas, de acordo com um estudo recente publicado na revista Nature, tal estatuto não os impediu de terem as suas penas vasculhadas por parasitas.
A descoberta dos cientistas foi possível porque foram analisados pequenos pedaços de âmbar, com cerca de 99 milhões de anos (algures no meio do período Cretácico) que contêm penas de dinossauro crivadas de parasitas semelhantes a piolhos — e, uma delas, até mostra sinais de ter sido mordiscada, de acordo com o The Guardian.
"Este novo inseto, chamado Mesophthirus engeli, apresenta uma série de características morfológicas dos parasitas externos: um corpo minúsculo sem asas, uma cabeça com grandes pinças bucais para mastigar, antenas curtas e robustas", explicou à agência France-Press (AFP) Chungkun Shih, um dos co-autores do estudo.
Já era sabido que havia parasitas pré-históricos que se alimentavam do sangue dos dinossauros (batizados pelas equipas que os descobriram de "Terrível Parasita de Drácula/Deinocroton draculi"), mas os investigadores nunca tinham encontrado parasitas que se alimentassem de penas.
O especialista acrescentou que "o inseto não se alimentava de sangue, mas de penas de dinossauros". Segundo o estudo, uma das penas foi danificada, aparentemente mastigada, como acontece nos dias de hoje com as penas de pássaros infestados de piolhos.
A descoberta dos "insetos mais antigos que se alimentam de penas" vai permitir que os especialistas saibam um pouco mais sobre a origem destes insetos — ainda que não possam provar que estes parasitas sejam os ancestrais daqueles que infestam os pássaros dos nossos tempos.
* Com agências
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