“Milla”, distinguido com um prémio no valor de oito mil euros, é a segunda longa-metragem de Valérie Massadian e centra-se vida de Milla, uma adolescente de 17 anos.
O Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri da Competição Internacional, no valor de dois mil euros, foi atribuído a “Why is difficult to make films in Kurdistan”, de Ebrû Avci, uma curta-metragem sobre uma rapariga curda que procura convencer a família a deixá-la estudar cinema enquanto filma a vida quotidiana deles, que teve estreia mundial no Doclisboa.
O júri da Competição Internacional atribuiu ainda uma menção honrosa, a “Spell Reel”, de Filipa César, uma coprodução entre Portugal, Alemanha, França e Guiné-Bissau.
O filme, no qual Filipa César usa imagens de arquivo da guerra da independência da Guiné-Bissau para explorar como estes registos influenciam a criação e legado da história de um país, foi ainda distinguido com o Prémio José Saramago – Fundação José Saramago – para Melhor Filme falado maioritariamente em português, galego ou crioulo de origem portuguesa, no valor de 1.500 euros.
“Those Shocking Shaking Days” valeu a Selma Doborac o Prémio Revelação, no valor de 3.500 euros, que inclui a compra dos direitos televisivos para Portugal pelos canais TV Cine.
O Prémio do Público para Melhor Filme Português, no valor de quatro mil euros, que inclui a compra dos direitos televisivos para Portugal pela RTP, foi atribuído a “Diálogos ou como o teatro e a ópera se encontram para contar a morte de 16 carmelitas e falar do medo”, da jornalista Catarina Neves. No filme são registadas as semanas de ensaios, o processo criativo e o trabalho de encenação de Luís Miguel Cintra para a ópera "Dialogue des Carmélites", de Francis Poulenc, que teve apenas três récitas, esgotadas, em fevereiro de 2016.
“Vira Chudnenko”, de Inês Oliveira, baseado “num ‘fait divers’ que deixou o país incrédulo: quatro cães rottweiler foragidos esfacelaram uma mulher até à morte”, foi distinguido com o prémio NOVA FCSH/Íngreme para o Melhor Filme da Competição Portuguesa, no valor de 1.500 mais 600 euros em serviços técnicos.
Ainda na Competição Portuguesa, o Prémio Kino Sound Studio do Júri, no valor de 400 euros em serviços técnicos, foi atribuído a “À tarde”, de Pedro Florêncio, e o Prémio ETIC para Melhor Filme, no valor de 1.500 euros em serviços técnicos, foi para “I don’t belong here”, de Paulo Abreu.
O Prémio Jornal Público/Mubi para Melhor Curta-Metragem, no valor de mil euros mais distribuição pela plataforma internacional de cinema online Mubi, distinguiu “Saule Marceau”, de Juliette Achard.
O Doclisboa atribuiu ainda o Prémio Fundação Inatel para Melhor Filme de Temática Associada a Práticas e Tradições Culturais e ao Património Imaterial da Humanidade, no valor de 1.500 euros, a “Martírio”, de Vicent Carelli. Foi ainda atribuída uma Menção Honrosa a “Medronho todos os dias”, de Silvia Coelho e Paulo Raposo.
O Prémio FAMU para Melhor Filme dos Verdes Anos, que consiste numa “bolsa de participação num curso individual realizado na FAMU, apoiado por tutores da escola, com vista ao desenvolvimento de uma curta-metragem”, foi para “Norley and Norlen”, de Flávio Ferreira, e o Prémio Especial Walla Collective do Júri Verdes Anos, no valor de três mil euros em serviços técnicos, para “Pesar”, de Madalena Rebelo. Na secção Verdes Anos, o Prémio Melhor Realizador, uma bolsa de participação no seminário Doc’s Kingdom, foi atribuído a Ana Vijdea por “John 746”.
Hoje foram ainda distinguidos “Silvia”, de Maria Silvia Esteve, com o Prémio Walla Collective para melhor Work in Progress, no valor de 2.500 euros em serviços técnicos, e “Folha 84”, de Catarina Mourão, com o Prémio Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas para melhor Projecto em Desenvolvimento, que consiste numa residência artística de duas semanas no Centro de Artes Contemporâneas Arquipélago, na Ilha de São Miguel, nos Açores.
A 15.ª edição do Doclisboa termina no domingo.
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