1. Dois terços das florestas tropicais do planeta já foram destruídos ou degradados
Dois terços das florestas tropicais do mundo, essenciais para a proteção contra as mudanças climáticas, foram degradados ou totalmente destruídos, de acordo com uma análise da Rainforest Foundation Norway. Mais de metade da destruição desde 2002 ocorreu na Amazónia e nas florestas adjacentes.
A taxa de perda em 2019 correspondeu aproximadamente ao nível anual de destruição dos últimos 20 anos. Isto significa que um total de área semelhante a um campo de futebol de floresta desaparece a cada seis segundos, de acordo um relatório recente do World Resources Institute.
Para ler na íntegra em Reuters
2. A desflorestação ilegal está a devastar o planeta e aumentar as emissões. Um novo projeto de lei no Congresso americano quer mudar isso
Grandes quantidades de bens de consumo americanos, incluindo os que usam óleo de palma, cacau ou até mesmo borracha, são provenientes de florestas tropicais. Estas têm sofrido cada vez mais desflorestação, retirando-lhes ilegalmente os seus recursos naturais.
Além de impulsionar a mudança climática, esta destruição de habitat florestal coloca em perigo os povos indígenas e ameaça a extinção de espécies de plantas e animais. O senador Brian Schatz, democrata do Havai, apresentou um projeto de lei que visa impedir que bens de consumo provenientes de terras desflorestadas ilegalmente entrem no mercado dos EUA.
Para ler na íntegra em CBS News
3. Bloomberg lança nova ferramenta interativa sobre fábricas de carvão
Um terço das emissões globais de carbono vem da queima de carvão. A utilização deste combustível fóssil está cada vez mais em declínio, mas ainda há várias fábricas operacionais em todo o mundo e, em muitos países, novas unidades estão a ser planeadas.
Para a Bloomberg, a redução das emissões passa pelo término da utilização do carvão. Por isso, lançou uma ferramenta que indica quantas fábricas ainda estão em funcionamento no mundo, bem como quais já não estão operacionais. O objetivo é fornecer uma contagem decrescente de quanto tempo falta para que todas encerrem.
Pode ver a ferramenta aqui
4. Cientista lança blogue para mães que queiram saber mais sobre a crise climática
“Estou absolutamente convencida de que a primeira coisa que qualquer pessoa pode fazer é usar a voz”, disse a cientista climática Katharine Hayhoe.
Este é um dos motivos pelos quais a cientista juntamente com outros colegas fundou o “Science Moms”, um grupo que fornece às mães informações sobre o clima.
Hayhoe considera que há muitas mães que se importam com a crise climática, mas que não têm acesso ou não sabem o suficiente para agir.
“Elas fariam qualquer coisa para garantir que [os seus filhos] tenham um ambiente seguro e feliz e um futuro saudável”, afirma.
Para ler na íntegra em Bulletin of the Atomic Scientists
Por cá: Greve Climática estudantil convoca nova mobilização em formato híbrido
A Greve Climática Estudantil regressa já no próximo dia 19 de março, em resposta ao apelo internacional do movimento Fridays For Future ["Sexta-feiras pelo Futuro", em tradução livre]. A ação pela justiça climática apela a um “plano real” para a transição energética, “por todas as pessoas” e “para todas as pessoas”.
Uma das coisas que o plano implica, de acordo com a organização, é a criação de milhares de empregos para o clima nos setores-chave que reduzam as emissões e o encerramento das infraestruturas mais poluentes, garantindo a proteção e requalificação dos trabalhos. "O ambiente também são as pessoas", indica a porta-voz nacional da manifestação, Mourana Monteiro.
A iniciativa foi traçada no sentido do Climate Clock, em português Relógio do Clima, um relógio que demonstra a rapidez com que o planeta se está a aproximar do aumento da temperatura até 1.5º C, de acordo com a quantidade de CO₂ já emitida.
“Em contrarrelógio erguemo-nos para lutar pelo cumprimento dos prazos que o planeta nos dá. Não há tempo a perder. A luta pelo futuro já começou e não pode ser adiada!”, refere o comunicado.
A mobilização conta atualmente com 18 localidades: Alcácer do Sal, Algarve, Aveiro, Bragança, Caldas da Rainha, Coimbra, Entroncamento, Évora, Guimarães, Lamego, Lisboa, Mafra, Montijo, Odemira, Pico, Porto, Setúbal e Viseu – algumas com ações físicas, mas todas com a opção online.
"Nós também não queríamos ter de estar a sair à rua. Também queríamos estar no conforto da nossa casa descansados a achar que tudo ia correr bem, mas não vai. E alguém precisa de se chegar à frente para garantir que se começa a falar sobre isto e que começam a implementar medidas que são necessárias", diz Mourana Monteiro.
O número de pessoas presentes nas manifestações presenciais varia de localidade para localidade, mas a porta-voz garante que foram tomadas todas as medidas de segurança. Várias localidades substituíram as manifestações por concentrações, de forma a conseguir garantir o distanciamento físico entre os participantes. Além disso, serão distribuídas máscaras e álcool gel a quem não tenha.
Mourana Monteiro apela ao lado mais “artivista” dos participantes e pede que levem consigo arte sobre o planeta, quer seja um cartaz, uma dança ou uma música. "Gostávamos de transformar isto num momento não só político, mas também de alguma forma cultural. O que nós procuramos é chamar a atenção das pessoas que por ali passam, dando-lhes a conhecer a Greve Climática Estudantil e as formas como podem ajudar”, acrescenta.
Há também a opção de participar através do online, como nas sessões de debate organizadas. Para mais informações sobre o movimento e sobre as ações virtuais e presenciais, consulte as redes sociais Instagram, Facebook e Twitter.
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