É já uma tradição que o país vencedor receba o festival no ano seguinte, no entanto este deve garantir que "certos critérios", como a "viabilidade da realização do evento e a segurança de todas as partes interessadas, incluindo o público", sejam assegurados.

Em comunicado, a União Europeia de Radiodifusão (EBU) lamenta que a Ucrânia não possa receber o festival pela terceira vez (depois de o ter feito em 2005 e 2016).

"Dadas as circunstâncias atuais, as garantias de segurança e operacionais exigidas para uma emissora acolher, organizar e produzir o Festival Eurovisão da Canção ao abrigo das Regras do ESC [Eurovision Song Contest] não podem ser preenchidas pela UA:PBC [emissora ucraniana)".

"Como resultado desta decisão, de acordo com as regras e para garantir a continuidade do evento, a EBU iniciará agora as conversações com a BBC, vice-campeã deste ano, para potencialmente sediar o Eurovision Song Contest 2023 no Reino Unido", acrescentam.

Na edição deste ano, a Ucrânia venceu, pela terceira vez, com "Stefania", pela Kalush Orchestra, enquanto Portugal, a cargo de Maro, com "Saudade, saudade", ficou em nono lugar.

A vitória da Ucrânia deveu-se essencialmente à votação popular, não tendo o Reino Unido, representado pelo cantor Sam Ryder, que venceu na votação dos júris nacionais, conseguido ultrapassar os 631 votos da Ucrânia, 439 deles dados pela votação popular.

Recorde-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha assegurado que o país receberia o evento.

"A nossa coragem impressiona o mundo, a nossa música conquista a Europa! No próximo ano, a Ucrânia será a anfitriã da Eurovisão. Pela terceira vez na história. E acredito que não será a última vez", escreveu o presidente ucraniano numa publicação no Instagram à data.

"Faremos o nosso melhor para um dia receber os participantes e convidados da Eurovisão na cidade ucraniana de Mariupol. Livre, pacífica, reconstruída!", acrescentou.