António Costa falava aos jornalistas momentos antes de entrar para a Altice Arena, no Parque das Nações, onde decorre desde as 20:00 a final da 63.ª edição do concurso e à qual irão também assistir os ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, das Finanças, Mário Centeno, e da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.
“Foi um momento extraordinário para demonstrar a capacidade organizativa do nosso país de acolher eventos desta dimensão (...). Já tínhamos tido oportunidade, aqui, há 20 anos, com a Expo’98, depois o Euro2004. Seguramente a Eurovisão é um dos grandes momentos que demonstra a capacidade de organização e de acolhimento dos portugueses”, afirmou.
O primeiro-ministro destacou o “trabalho absolutamente extraordinário de divulgação o país” feito pela RTP, que considera ser “uma oportunidade de Lisboa se conhecer melhor”.
“Mas, não só Lisboa, todo o país ficou hoje mais conhecido lá fora”, acrescentou, considerando que “é muito relevante que assim seja”.
Quanto a preferidos à vitória, António Costa, disse torcer, “naturalmente”, por Portugal.
“Dois anos consecutivos é muito difícil, mas vamos a ver, é uma canção muito bonita e espero que possa ter um bom acolhimento de todos”, considerou.
Por o seu gabinete estar temporariamente instalado no Terreiro do Paço, onde está a Eurovision Village, com concertos e animação todos os dias desde 04 de maio, o chefe do Governo conseguiu “viver intensamente o que foi a excitação com este evento durante toda a semana”.
Portugal é este ano o anfitrião do concurso por ter vencido no ano passado, pela primeira vez, com a canção “Amar pelos dois”, interpretada por Salvador Sobral.
Para António Costa, esta vitória foi “uma grande homenagem” à música e à criatividade portuguesas.
“E, para gerações como a minha, que há muito tinham perdido a esperança de algum dia ganhar a Eurovisão foi algo muito importante para a nossa autoestima coletiva”, referiu.
Entre o público que assiste hoje à final na Altice Arena está também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
Tal como o primeiro-ministro, também Fernando Medina destacou “o reconhecimento por parte de profissionais que Lisboa tem capacidade para organizar um evento destes”.
O autarca defendeu que o Festival Eurovisão da Canção está “a provar ser um excelente investimento”, já que o município contribuiu com cerca de cinco milhões de euros para o orçamento do concurso “e o retorno só ao nível das dormidas teve um impacto direto de mais de 25 milhões de euros”.
Fernando Medina sublinhou que “nunca foi um custo o dinheiro que se põe na Eurovisão”, já que o valor “entra na conta dos investimentos”.
Questionado sobre se Lisboa estaria preparada para voltar a receber o Festival Eurovisão da Canção já em 2019, o autarca respondeu: “no final do concurso falamos”.
Na final da 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção competem 26 países.
Portugal, por ser o país anfitrião, teve entrada direta na final, com a canção “O Jardim”, interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura. Além de Portugal, também Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França (os países do chamado grupo dos ‘Big 5’) não tiveram que competir nas semifinais, nas quais foram apurados os restantes 20 países.
Na primeira semifinal, que decorreu na terça-feira na Altice Arena, no Parque das Nações, passaram à final Áustria, Estónia, Chipre, Lituânia, Israel, República Checa, Bulgária, Albânia, Finlândia e Irlanda, na segunda, que decorreu na quinta-feira no mesmo local, passaram Sérvia, Moldávia, Hungria, Ucrânia, Suécia, Austrália, Noruega, Dinamarca, Eslovénia e Holanda.
O vencedor será o país que reunir maior pontuação, que é atribuída pelos espetadores de cada país, através de televoto, e por júris nacionais dos 43 países que participam na edição deste ano.
A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção é realizado pela European Broadcasting Union (EBU, sigla em inglês) em parceria com a RTP, em Lisboa.
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