Intitulada “Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich”, a exposição tem curadoria de Fernando Rosas, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco, segundo a organização.
A mostra já passou por Loulé, Vila Nova de Famalicão, Sintra e Lisboa, concelhos onde há registo de portugueses deportados, e em Vila Franca de Xira irá ter um caráter mais alargado, com documentos inéditos, segundo a organização.
De caráter histórico, a exposição resulta de uma investigação coordenada pelo historiador Fernando Rosas, durante a qual foram descobertas centenas de portugueses deportados, e visa prestar homenagem às vítimas do regime nazi naquele período.
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), a Alemanha estabeleceu um sistema de trabalho forçado que ajudou a suportar a sua economia de guerra, recorda o museu, num texto sobre a exposição.
Apesar da neutralidade de Portugal, centenas de portugueses foram deportados, sobretudo a partir de França, para campos de concentração, prisões do regime, campos de prisioneiros de guerra ou forçados a trabalhar para os alemães, quer na Alemanha, quer nos territórios ocupados.
O objetivo da exposição – que reúne fotografias, documentos originais e objetos – é “reavivar a memória, esquecida até um passado recente, destes portugueses e das suas histórias de vida, mostrando aspetos pouco conhecidos sobre estas vítimas do nazismo”.
Durante os anos da guerra, o regime nacional-socialista alemão foi responsável pela deportação de milhões de civis estrangeiros dos países ocupados, os quais, a par dos prisioneiros de guerra e dos prisioneiros dos campos de concentração, foram utilizados como mão-de-obra escrava, recorda a curadoria.
“Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich” é inaugurada sábado, às 15:00, e ficará patente até 4 de maio de 2025.
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