Em comunicado, a Sons em Trânsito revelou que Ana Moura vai participar no concerto que vai acontecer no sábado, em homenagem “à malograda artista Lhasa de Sela”, que morreu no primeiro dia do ano 2010 com um cancro, aos 37 anos.
O concerto, já esgotado, vai estar dividido em duas partes: na primeira, as 11 canções do álbum “La Llorona” vão ser tocadas em sequência pela banda que gravou o disco, composta por Yves Desrosiers, Mario Légaré, François Lalonde, Dider Dumoutier, com Joe Grass, enquanto na segunda parte vão ser interpretados vários temas da restante discografia da cantora.
De acordo com a página do concerto no Facebook, o concerto vai ter como convidados Ana Moura, Patrick Watson, Marie-Pierre Arthur, Betty Bonifassi, Martha Wainwright, Ariel Engle, Fred Fortin, Plants and Animals, Camélia Jordana, Katie Moore e Amparo Sánchez.
Nascida em 1972, na cidade de Nova Iorque, Lhasa de Sela passou a infância entre os Estados Unidos da América e o México, e lançou três discos ao longo de uma carreira mais bem-sucedida junto do público do que da crítica, como recordou o The Guardian no obituário que lhe dedicou.
O primeiro disco, “La Llorona”, inteiramente cantado em espanhol, venceu vários prémios e vendeu mais de 700 mil cópias pelo mundo fora, tendo a artista passado por Portugal em concerto várias vezes, as últimas das quais no âmbito de uma digressão em 2004 que a levou à Aula Magna, em Lisboa, e à Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, meses depois de ter atuado em Aveiro, Porto, Coimbra e, novamente, Lisboa.
Em 2004, o promotor Vasco Sacramento afirmava que se esperava que Lhasa voltasse a cantar “Meu Amor, Meu Amor”, fado de Ary dos Santos e Alain Oulman, interpretado por Amália Rodrigues.
A propósito do concerto na Aula Magna, escreveu o Correio da Manhã que foi um momento que “se revelou um caso sério de amor mútuo entre artista e público”.
Antes de morrer, em 2010, lançou ainda “The Living Road” (2003) e um álbum homónimo (2009).
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