"Já existiram tentativas anteriores para reunir um grande número de Charlie's, mas esta é a primeira vez que foi feito um registo. É por essa razão que se trata de um recorde do mundo", declarou à AFP Annick Barbezat-Perrin, porta-voz do museu. Acrescentou também que os intervenientes, para estarem aptos a participar no evento, tinham que vestir fato e sapatos pretos, camisa branca, chapéu de coco, bigode e bengala.

"Havia pessoas de língua francesa, alemã, hispânica, inglesa...", acrescentou Barbezat-Perrin.

Este domingo, 16 de abril, celebrou-se o primeiro aniversário do Chaplin's World, data que também coincide com o nascimento de Charlie Chaplin, em 1889.

Durante o primeiro ano aberto ao público, o museu registou cerca de 300.000 visitantes, número acima daquilo que era esperado pelos responsáveis, que estimavam receber aproximadamente 220.000 pessoas.

A residência do artista em Corsier-sur-Vevey, nas margens do lago Genebra, foi preferida a Los Angeles e Londres como primeiro museu dedicado à lendária figura da história do cinema.

"Ele foi muito feliz aqui porque tinha uma vida com a família", comentou o filho sobre a mansão onde o pai viveu durante mais de vinte anos e criou oito filhos até à data da morte, em 1977.

Chaplin, autor de filmes clássicos como "O Imigrante" (1917), "Tempos Modernos" (1936) e "O Grande Ditador" (1941), foi expulso dos Estados Unidos da América em 1952, por suspeitas de simpatias comunistas.

O actor e realizador voltaria aos Estados Unidos duas décadas mais tarde, apenas para receber um prémio honorário de carreira atribuído pela Academia de Cinema.

Com extensos jardins, a mansão foi ainda residência dos irmãos Michael e Eugene Chaplin durante mais uma década após a morte do pai.

De acordo com a família, dezenas de pessoas apareciam junto à casa e pediam para passear nos jardins em homenagem a Chaplin, o que lançou a semente da ideia de criar o museu.

Porém, os vizinhos opuseram-se ao projecto durante muito tempo, até que finalmente as autoridades aceitaram a criação do museu, cuja criação envolve um investimento de 50 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros).

Filho de artistas do "vaudeville" londrino, Chaplin teve uma infância miserável e chegou a roubar comida para sobreviver depois do pai abandonar a família e a mãe ter sido internada devido a problemas psiquiátricos.

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