A programação cultural inclui ainda um ciclo de cinema, exposições, várias oficinas e atividades para crianças, que decorrem nos próprios jardins e na Biblioteca Almeida Garrett, entre outros espaços.
A Feira do Livro do Porto homenageia Sophia de Mello Breyner, cabendo ao filho da escritora Miguel Sousa Tavares abrir o ciclo de debates no sábado, com Ana Luísa Amaral e Frederico Lourenço, depois de uma cerimónia de homenagem na avenida das Tílias, na qual participa o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.
Já hoje será inaugurada uma exposição, patente até 12 de novembro na Galeria Municipal, sobre a obra de Sophia, bem como os quatro elementos da Natureza nela presentes, com quatro curadores – Pedro Faro (fogo), Eduarda Neves (terra), Nuno Faria (ar) e Ana Luísa Amaral (água).
Entre os convidados internacionais, destaque para o escritor francês Laurent Binet, numa sessão de debate, em 16 de setembro, intitulada “O que pode a língua?” e moderada por Ana Sousa Dias, sobre “realidade e ficção, e sobre a linguagem como instrumento de transformação do Homem e do mundo”.
No domingo, é a sul-coreana Han Kang, que em 2016 venceu o Man Booker International por “A Vegetariana”, que estará presente num debate sobre “A solidão do Oriente”, sobre “a situação da mulher numa sociedade conservadora, como é a coreana, a solidão e a loucura”.
Por seu lado, o autor Teju Cole, de dupla nacionalidade nigeriana e norte-americana, conversa a 10 de setembro com Isabel Lucas sobre os “caminhos da nova literatura africana”, enquanto a escritora e tradutora brasileira Tatiana Salem Levy e a portuguesa Dulce Maria Cardoso discutem, um dia antes, se "a literatura pode salvar o mundo", num debate moderado por Raquel Marinho.
A 16 de setembro, o evento recebe um colóquio sobre o trabalho de Óscar Lopes (1917-2013), antigo diretor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que se destacou como linguista, crítico e historiador literário, com a participação de Artur Santos Silva, Carlos Magno, Isabel Margarida Duarte, José Luís Borges Coelho, José Manuel Mendes, José Pacheco Pereira e Viriato Pina Moura, com moderação de Isabel Pires de Lima.
O texto “Comunidade”, de Luiz Pacheco, um registo “íntimo e autobiográfico” que serve de “testemunho dos anos de privação do escritor, polemista e editor (1925-2008)”, será levado ao palco por Maria Duarte, Gonçalo Ferreira de Almeida e João Rodrigues, a 16 e 17 de setembro.
Esta será a quarta vez que o evento é organizado pela Câmara do Porto, que apontou a mesma configuração e número de pavilhões de 2016 – 131 –, depois de no ano passado ter batido um recorde de visitantes: mais de 250 mil visitas, segundo os números revelados pelo município.
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