“A ideia é abraçar qualquer artista e qualquer tipo de arte e é isto que estamos a tentar fazer”, afirmou hoje à Lusa Terry Costa, diretor da associação MiratecArts, produtora do festival que encerra portas a 30 de junho.
Para Terry Costa, o objetivo passa, também, por “ajudar o mais possível os artistas açorianos a movimentarem-se entre ilhas e, assim, também conhecerem outros artistas”, considerando que “isto é muito importante no desenvolvimento local, da cidadania e da própria arte”.
O Azores Fringe lançou a sua quarta edição no Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, e este ano tem mais de uma centena de iniciativas com trabalhos de 220 artistas de várias regiões do continente e de 32 países. “Este ano chegamos ao Faial e a São Jorge, e nesta ilha uma antiga fábrica de queijo será transformada num espaço de artes, uma galeria onde será montado um estúdio de música e onde vão decorrer vários ‘workshops’ e exposições”, indicou Terry Costa, fundador deste festival internacional.
O “epicentro” do evento é, contudo, no Pico, ilha onde há o maior número de eventos e onde o certame encerra. “Ao longo destes quatro anos temos levado a arte a lugares onde não existe a produção regular de eventos culturais. Por exemplo, no Corvo tivemos, no ano passado, um dia dedicado a todo o tipo de arte. Este ano estamos a desenvolver um fim de semana, o que será uma iniciativa gigantesca para uma ilha tão pequena”, salientou o diretor artístico.
Jardins, bibliotecas, museus ou até ruas recebem durante um mês exposições, dança, teatro, música, cinema e uma mostra de curtas-metragens. Uma das novidades deste ano é a realização de dois encontros, o primeiro dos quais vai reunir escritores açorianos nas Lajes das Flores, que decorre já neste fim de semana e designado “Pedras Negras”, e, a 19 de junho, o encontro e expedição fotográfica na ilha do Pico.
Outro destaque da programação acontece a 22 de junho no Teatro Faialense, com a receção do escritor Christopher Hampton, que nasceu na ilha há 70 anos e volta pela primeira vez desde criança, adiantou.
Na música, o destaque vai para o compositor e músico português Luís Anjos Teixeira, a viver na Alemanha, e um dos artistas que vai fazer residência no Pico, em junho.
“Temos o nosso mote, que é uma exposição artística dos Açores para o mundo, porque é literalmente uma explosão. Esperamos que cada vez mais artistas de várias ilhas participem e as pessoas se juntem e queiram aventurar-se, porque o ‘Fringe’ é uma aventura", salientou, referindo que a participação no Azores Fringe cresce de ano para ano.
O programa do festival, que tem apoios do Governo dos Açores e de vários municípios, pode ser consultado neste site.
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