Ao todo, o festival de cinema Caminhos conta com 79 horas de programação, entre sábado e dia 26, exibindo curtas, documentários, longas e animações, a maioria de produção nacional, disse a organização à agência Lusa.
Pelo Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, vão passar filmes de realizadores reconhecidos, como Ivo M. Ferreira, João Botelho ou Rita Azevedo Gomes, mas também obras que terão no âmbito do festival a sua primeira projeção em território nacional.
O festival, que costuma decorrer na sua totalidade em Coimbra, sofre este ano uma deslocalização para o Teatro Miguel Franco, em Leiria, da sua secção Ensaios, dedicada a filmes criados em ambiente académico, referiu a organização.
Esta secção conta com uma competição nacional, de 33 filmes, e uma internacional de 44 filmes, num festival que regista a participação de fitas de 32 países.
Na secção principal do Caminhos, vai ser exibido o documentário “A um Mar de Distância”, do realizador Pedro Magano (vencedor do Grande Prémio de 2015), que aborda os portugueses que morreram na pesca do bacalhau durante o Estado Novo, a estreia nacional de “Eldorado”, que retrata a emigração portuguesa para o Luxemburgo, ou “Cartas de Guerra”, de Ivo M. Ferreira, que aborda a Guerra Colonial a partir da correspondência entre o escritor António Lobo Antunes e a sua primeira mulher, Maria José, quando esteve destacado em Angola.
O documentário “Cruzeiro Seixas – As Cartas de Rei Artur”, da realizadora Cláudia Rita Oliveira, “Jogo de Damas”, de Patrícia Sequeira, ou “Uma vida à Espera”, de Sérgio Graciano, são outras das longas-metragens que vão passar pelo festival.
No evento, é ainda exibido “O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu”, de João Botelho, bem como o filme de Manoel de Oliveira “Visita ou Memórias e Confissões”, lançado postumamente e que está fora da competição.
O Caminhos arranca no sábado, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, com a exibição da comédia romântica “Refrigerantes e Canções de Amor”, com realização de Luís Galvão Teles e argumento de Nuno Markl.
Com exceção do arranque, todos os restantes filmes da secção principal vão passar em sessões no TAGV, às 15:00, 17:00 e 21:45, exibindo sempre curtas e animações em competição antes da longa-metragem.
No último dia do evento, a 26, é exibida no TAGV a curta “Balada de um Batráquio”, de Leonor Teles, que arrecadou o Urso de Ouro, em Berlim, bem como o filme de Rita Azevedo Gomes “Correspondências”, criado a partir das cartas entre Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Durante o evento, são ainda exibidas sessões para o público infantil em Coimbra e em Leiria, bem como a secção “Caminhos Mundiais”, este ano dedicada a filmes produzidos na Catalunha.
O festival de Coimbra arrancou em 1988, contando este ano com a sua 22.ª edição.
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