“Assumindo a sua itinerância por diferentes jardins da cidade, o Lisboa Soa instala-se este ano na Estufa Fria para quatro dias de descoberta de ‘workshops’, instalações ‘site-specific’, performances e concertos de artistas nacionais e internacionais que exploram as características físicas do espaço envolvente, levando a audiência a fruir, aprender e refletir sobre o ambiente acústico que a rodeia através da interação com as obras e os próprios criadores”, refere a organização do festival em comunicado.
O Lisboa Soa arranca no dia 14 de setembro com a performance “Prática das Cordas”, de Adriana Sá e John Klima, que “combina cordas, longos arames esticados no espaço e sons pré-gravados numa homenagem lúdica à teoria das cordas, a mesmo que afirma que toda a matéria é formada por pequenos filamentos de energia, descrevendo como se propagam pelo espaço e interagem uns com os outros”.
Para o mesmo dia está marcada a atuação da artista sonora e designer ambiental inglesa Mileece, que será “a oportunidade de ver o jardim da Estufa Fria transformado em orquestra com os sons harmónicos que traduzem impulsos bioelétricos aplicados às folhas das plantas”.
No segundo dia, 15 de setembro, a organização destaca a atuação dos norte-americanos Jen Reimer e Max Stein, que vão criar uma “experiência imersiva e física de som e espaço combinando trompa ao vivo e processada e gravações de campo com o ambiente sonoro do lugar da performance”.
Na programação para 16 de setembro a organização destaca a apresentação de “Motto”, concerto do argentino Juan Sorrentino, que é um resultado da oficina que irá dar no festival, e da eslovena AGAPEA aka [sigla para ‘also known as’, em português também conhecida como] Saša Spačal.
Em “Motto”, “os oito artistas/participantes terão mochilas de som, equipadas com microfones, que, amplificando os sons da Estufa Fria, irão transformar os passos, os ramos e o vento nas árvores em instrumentos”.
Já “Sonic close-up com grilos ao vivo Acheta Domesticus", de AGAPEA, é um “diálogo entre as pessoas, animais e tecnologia”.
No último dia, a organização destaca “Fauna”, da Sonoscopia, uma “re-recriação feita a partir de uma estrutura electroacústica onde as fontes sonoras são distribuídas no espaço físico da Estufa Fria, cujas singularidades e particularidades acústicas e visuais atuam como elementos fulcrais no plano da composição e se transformam em matéria e forma musical”.
O Lisboa Soa, que decorre dentro da programação do Lisboa na Rua, decorreu pela primeira vez em 2016 no Jardim da Tapada das Necessidades, onde reuniu, de acordo com a organização, mais de seis mil pessoas, entre artistas e público.
O festival, concebido pela investigadora Raquel Castro, é coproduzido pela Produtores Associados e pela empresa municipal de cultura de Lisboa EGEAC.
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