O Festival que em 2020 não se realizou devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, é este ano retomado como “um daqueles eventos fundamentais quer no contexto nacional quer no território de Óbidos”, disse o presidente da Câmara, Humberto Marques, à agência Lusa.
A organização considera “reunidas as condições de segurança” realizar, entre os dias 14 e 24 de outubro, o Festival Literário Internacional que “tem um efeito reprodutor que ajuda a alavancar o território, atraindo visitantes e novos residentes”, acrescentou o autarca.
O Folio regressa às ruas da vila do distrito de Leiria “no formato original, com a presença de público e de escritores nacionais e internacionais”, tendo como tema “O outro”, afirmou a técnica da autarquia responsável pelo evento, Paula Ganhão, sublinhando que em debate estará “o outro dentro de cada um de nós, o outro que somos depois da pandemia e o outro que somos no mundo, com as questões das migrações, dos refugiados e dos conflitos internacionais”.
Aquele que será o primeiro evento a ser retomado na vila após a pandemia de covid-19, irá decorrer com a maioria das mesas de escritores concentradas numa tenda na Praça de Santa Maria, “com lotação limitada e com emissão de bilhetes gratuitos para garantir o cumprimento da lotação”, explicou Paula Ganhão.
Para assegurar o cumprimento das regras sanitárias “serão aumentados os postos de recolha de bilhetes em vários locais da vila” e, na tenda dos concertos, no auditório da Cerca, “será limitado o número de lugares para o público”, disse a mesma responsável.
A organização remeteu para mais tarde a divulgação da programação do festival, mas Humberto Marques adiantou que “contará com a participação de um prémio Nobel e a presença de escritores de vários países do mundo”.
Entre as novidades desta edição conta-se ainda a entrada de Ana Sofia Godinho, do setor de Educação da autarquia, como curadora do Folio Educa, em substituição de Maria José Vitorino.
Nos restantes capítulos do festival mantém-se a curadoria da jornalista Ana Sousa Dias, no Folio Autores, em conjunto com Pedro Sousa, da Sociedade Vila Literária.
A Folia fica, tal como na edição anterior, sob a responsabilidade da empresa municipal Óbidos Criativa e da Fundação Inatel. Por último, o Folio +, o capítulo mais alternativo do festival, fica a cargo da Livraria Ler Devagar, gerida por José Pinho.
O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.
Palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas, entre escritores e leitores, o Folio passou no ano seguinte a ser suportado pela autarquia que, para este ano, prevê um orçamento próprio de 256 mil euros.
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