"Este interesse nasceu em primeiro lugar porque queríamos um tema ligado à Europa, não ir ao outro lado do mundo, mas redescobrir o que está à nossa volta e dentro dos países europeus, fomos atraídos pelo que se passa em Portugal. É um país que fez escolhas políticas diferentes, assumiu-as e teve resultados, com várias leituras, mas houve uma verdadeira efervescência do país", indicou Etienne Ziller, diretor e programador do festival, em declarações à Agência Lusa.
O Les Muses Héliconiennes vai dividir-se entre o Théâtre des Bouffes du Nord e a sala La Cigale entre 28 de outubro e 01 de novembro, trazendo quase uma dezena de artistas portugueses e de países lusófonos a Paris.
"Quisemos dar um espectro da música em português. Quisemos mostrar artistas mais históricos e também artistas contemporâneos, com diferentes faixas etárias, para mostrar a riqueza desta língua. Quisemos ter o fado, porque não faria sentido não ter, mas do Brasil e de Angola queríamos também artistas com uma história muito rica", explicou Etienne Ziller.
Esta nova "dinâmica" de Portugal será mostrada por Cristina Branco, Blaya, Throes + The Shine e Salvador Sobral, que vem apresentar o seu novo disco "Paris, Lisboa". Flávia Coelho e Dona Onete vêm do Brasil e de Angola, Waldemar Bastos e Aline Frazão terão também concertos.
"Portugal é um país, mas há uma cultura que ultrapassa as suas fronteiras. Há a lusofonia e temos também atenção às comunidades brasileiras, cabo-verdiana e angolana e elas estão muito ligadas. O tema principal é Portugal, mas o papel da lusofonia é também muito importante", acrescentou.
O festival vai ter ao todo sete concertos e podem passar entre 3.000 a 3.500 pessoas pelas duas salas de espetáculo nos cinco dias para aplaudir os artistas lusófonos.
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