Este ano, em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril de 1974, a programação do Festival Política “convoca jovens artistas, criadores, académicos e ativistas a desenvolverem propostas e reflexões focadas na necessidade de fomentar a participação dos cidadãos nos atos eleitorais e o envolvimento com as instituições e as suas comunidades”.
A programação estende-se ao longo de três dias – 03, 04 e 05 de abril – e um dos destaques é o espetáculo de humor “O que importa é participar”, de Hugo van der Ding, que “percorre as participações especiais da História de Portugal que comprovam a importância da participação ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa”.
A música fica a cargo de Miss Universo, dupla que junta os músicos André Ivo e Afonso Branco e irá editar o álbum de estreia no final do verão, e do projeto Luta Livre, do músico Luís Varatojo, “num espetáculo/tertúlia que dá primazia à palavra e fomenta o diálogo com o público”.
Este ano, serão exibidos no festival onze filmes, entre curtas e longas-metragens de animação, ficção e cinema documental.
A organização destaca os documentários “Sapadores da Humanidade”, de The Gandaya Colletive, “A cor da liberdade”, de Júlio Pereira, “Maghreb’s hope”, de Bassem Ben Brahim, “Monte Clérigo”, de Luís Campos, e “Mistida”, de Wilker Nhaga.
Durante o festival, estarão patentes quatro exposições: “História LGBT+ em Portugal”, “Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal?”, na qual é feita uma análise aos números oficiais da abstenção, “Polarização afetiva: causas e implicações para o sistema democrático”, baseada em ‘papers’ científicos sobre o fenómeno da polarização, e “MulheresPPT”, que “celebra as mulheres que desempenharam papéis cruciais na política portuguesa”.
A programação inclui também debates e conversas, como “Estas histórias ajudam a aumentar a intervenção cívica e política?”, que tem como ponto de partida jovens e moradores, “repórteres comunitários” de Mem Martins (Sintra), Chelas (Lisboa) e Casal da Boba (Amadora), a apresentação do projeto audiovisual “Faz-te Ouvir”, que “propõe desmontar preconceitos e estereótipos associados às comunidades ciganas em Portugal”, a performance/conversa “A minha identidade é um insulto”, que “analisa a procura do próprio espaço cujo direito continua a ser negado”, e a estreia do formato Beers&Politics em Portugal, com a presença do consultor em políticas anticorrupção João Paulo Batalha e que “tem como premissa o falhanço do combate à corrupção”.
De acordo com a organização, os conteúdos orais do festival têm interpretação para língua gestual portuguesa, e todos os filmes são legendados em português, incluindo os de língua portuguesa.
A programação completa do Festival Política, um conceito da Associação Isonomia, pode ser consultada ‘online’ em www.festivalpolitica.pt.
Depois de Lisboa, o Festival Política segue para Braga, onde irá acontecer entre 02 e 04 de maio no Centro de Juventude, para Loulé, em outubro, e Coimbra, em novembro.
Em Lisboa, o festival está integrado no programa da Câmara Municipal de Lisboa para celebrar os 50 anos da ‘revolução dos cravos’.
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