O espaço, também ele multidisciplinar, alia-se ao festival Tremor para oferecer aos mais novos atividades que vão desde as artes plásticas à dança, passando pela música, com concertos e oficinas.
À agência Lusa, a diretora criativa do Estúdio 13, Maria João Gouveia, explicou que o programa inclui uma série de atividades que se espalham por todo o espaço, “desde a ocupação da receção e espaços comuns com murais para os miúdos pintarem e atividades de artes plásticas”, até aos estúdios onde vão acontecer aulas, “que acontecem regularmente durante o ano no estúdio, mas que serão feitas especialmente para este dias e para este público”.
As aulas são gratuitas, “os pais têm é que chegar e virem confortáveis, para depois poderem participar”, explicou a bailarina e coreógrafa, acrescentando que as atividades passam por aulas de dança de pais e filhos, para menores de três anos, e aulas de dança criativa, para crianças com mais de três anos.
Estará patente uma instalação intitulada “Água”, uma “experiência sensorial baseada nos vários estados químicos da água, com recurso a vídeo, dança e materiais diversos” e que antecipa o espetáculo promovido pelo Estúdio 13, que acontece no dia 27 de abril.
A 'blackbox' do espaço acolhe o 'workshop' Tinido Toada Zoada, com Samuel Martins Coelho, em que será desenvolvida uma orquestra de panelas, cujo resultado será apresentado durante a tarde.
Há espaço, ainda, para uma minidisco, com um ‘set’ do DJ Milhafrinho, porque “não são só os pais que gostam, as crianças também vão ter direito à mini-discoteca”, e para um concerto dos Free Love, “uma banda que vem também para o Tremor, mas que irá fazer aqui [no Estúdio 13] um apontamento específico para crianças”.
As atividades são gratuitas e estão abertas a todo o público, mesmo para quem não tem ingresso para o festival.
Maria João Gouveia confessa que esta é “uma atividade completamente diferente” das que geralmente promovem, mas “é muito importante começar a despertar as crianças para essas áreas e para estas atividades”.
“Queríamos uma maior variedade, também de forma a que as pessoas usassem o espaço, que o espaço fosse utilizado na sua plenitude, oferecendo, não só as infraestruturas, mas também aquilo que acontece durante o ano, daí a inclusão das nossas aulas e a instalação, que tem a ver com o nosso espetáculo, que depois será apresentado aqui também”, afirmou.
O Estúdio 13 funciona desde setembro de 2018, com atividades para todas as idades.
“O estúdio tem três vertentes: é uma produtora de audiovisuais, uma escola de artes performativas e tem a vertente da ‘blackbox’, para a apresentação de espetáculos, ‘workshops’, residências artísticas”, que também funciona como estúdio de gravação para a produtora.
A oferta passa, também, por aulas de dança inclusiva, para pessoas com deficiências físicas, mentais e cognitivas, um trabalho que considera essencial para “mostrar que não há limites, não há imposições, que a arte é para todos”.
“Este é um dos fundamentos do estúdio, que a arte é para todos: não há idade, não há género, não há limitações. Queremos que as pessoas participem e que vejam e que estejam cá”, afirmou a diretora criativa do espaço.
O Mini-Tremor faz parte do programa do festival Tremor, que acontece na próxima semana, em diversos locais da ilha de São Miguel, e que conta com uma extensão a Santa Maria.
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