A 24.ª edição do festival vai decorrer entre 18 e 26 de setembro, no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, assumindo, em ano de pandemia de covid-19, “o seu formato presencial, celebrando a ideia de comunidade e socialização dentro das necessárias restrições”, refere um comunicado da organização, recebido hoje pela agência Lusa.
Da mesma forma, o Queer Porto 6 decorre também em regime presencial de público, de 13 a 17 de outubro, no Teatro Rivoli e na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, com o filme “Si C’Était de L’Amour”, a abrir, e “Le Milieu de L’Horizon”, a encerrar um evento que contará também com “conversas e debates com a presença de convidados”.
“Através de um conjunto de termos-chave transversais às muitas expressões da cultura ‘queer’, como são o ‘Cruising’, ‘Sex’, ‘Bodies’, ‘Play’, ‘Skin’ e ‘Memory’, o festival celebra o corpo e a sua diversidade sexual – o que estes termos nos ensinam sobre a influência dos nossos contextos vivenciais e sociais e dos lugares que habitamos na construção das nossas identidades voláteis”, diz o comunicado da organização.
O júri da competição de longas-metragens será composto pelo artista plástico e poeta André Tecedeiro, pela programadora de cinema Joana Ascensão e pelo ator e realizador Miguel Nunes.
Os títulos em competição serão “El Cazador”, de Marco Berger, “El Príncipe”, de Sebatián Muñoz, “Las Mil y Una”, de Clarisa Navas, “Lingua Franca”, de Isabel Sandoval, “Make Up”, de Claire Oakley, “Neubau”, de Johannes Maria Schmit, “No Hard Feelings”, de Faraz Shariat, e “Vento Seco”, do brasileiro Daniel Nolasco.
Na competição de documentários, o júri será composto pela realizadora e antropóloga Catarina Alves Costa, pela apresentadora da RTP Margarida Mercês de Mello e pelo ator e ativista Paulo Pascoal, que vão avaliar “All We’ve Got”, de Alexis Clements, “La Casa dell’Amore”, de Luca Ferri, “Miserere”, de Francisco Ríos Flores, “Queer Genius”, de Chet Catherine Pancake, “The Art of Fallism”, de Aslaug Aarsæther e Gunnbjørg Gunnarsdóttir, “Toutes les Vies de Kojin”, de Diako Yazdani, “Vil, Má”, de Gustavo Vinagre e “Welcome to Chechnya”, de David France.
Os oito títulos a concurso na competição de ‘Queer Art’ serão “Ask Any Buddy”, de Evan Purchell, “Comets”, de Tamar Shavgulidze, “Hiding in the Lights”, de Katrina Daschner, “Judy versus Capitalism”, de Mike Hoolboom, “Les Nuits d’Allonzo”, de Antoine Grainer, “Padrone Dove Sei”, de Michele Schirinzi, “Santos”, de Alejo Fraile, e “El Viaje de Monalisa”, de Nicole Costa, que serão avaliados pelo júri composto pelo curador Hugo Dinis, pelo diretor de fotografia Sérgio Braz d’Almeida e pela coreógrafa e dramaturga Sónia Baptista.
A competição de curtas-metragens tem como júri, este ano, o realizador José Magro, o ator Ricardo Barbosa e a artista e pesquisadora Rita Natálio, que irá avaliar 21 ‘curtas’ entre as quais se destacam “Quebramar”, de Cris Lyra, “Stray Dogs Come Out at Night”, de Hamza Bangash, “Babydyke”, de Tone Ottilie, “Cause of Death”, de Jyoti Mistry, “Aline”, de Simon Guélat, ou “The Institute”, de Alecxander Glandien.
O mesmo júri da competição de curtas-metragens será responsável por avaliar a competição “In My Shorts”, de filmes de escolas de cinema europeias como o Doc Nomads, o Centro Sperimentale di Cinematografia, de Roma, a HEAD, de Genebra, a francesa Le Fresnoy, a FAMU de Praga ou a berlinense DFFB.
No Queer Porto 6, o júri oficial da competição será constituído pela jornalista Amanda Ribeiro, pelo diretor de artes performativas da RTP2, Daniel Gorjão, e pelo cofundador e diretor artístico do Teatro Plástico, Francisco Alves, que irão avaliar um total de oito longas-metragens de ficção ou documentais.
Em competição estarão “A Perfectly Normal Family”, de Malou Reyman, “L’Acrobate”, de Rodrigue Jean, “Always Amber”, de Lia Hietala e Hannah Reinikainen Bergenman, “Deux”, de Filippo Meneghetti, “Dopamina”, de Natalia Imery Alamrio, “Hombres de Piel Dura”, de José Celestino Campusano, “Para Onde Voam as Feiticeiras”, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, além de “Rescue the Fire”, de Jasco Viefhues.
A par da competição oficial, o Queer Porto 6 terá também a sua competição “In My Shorts”, que na ‘cidade invicta’ é constituída por filmes de escola portugueses e, este ano, contará com produções da Escola Superior de Teatro e Cinema, do Kino-Doc, da Escola Artística Soares dos Reis e da Ar.Co.
A equipa de programação dos dois festivais Queer, de Lisboa e Porto, teve em consideração mais de 1.000 filmes, dos quais 497 foram recebidos como submissões, um número recorde para o festival.
A programação completa ficará disponível em http://queerlisboa.pt/.
Comentários