A dupla Brosens e Woodworth vence, assim, pela terceira vez o grande prémio do festival, acumulando desta vez com o prémio D. Quixote da Federação Internacional de Cineclubes (FICC), que se estreia a atribuir prémios em Avanca.
Em comunicado enviado à Lusa pela organização, o júri da FICC, constituído Christl Grunwald Merz (Alemanha), Mokhlesur Rahman Talukdar (Bangladexe) e João Paulo Macedo (Portugal), refere que o filme “aponta contradições entre as boas intenções da fundação da União Europeia e também das Nações Unidas e as realidades vividas na Europa após a Segunda Guerra Mundial”.
As longas-metragens “Marias da Sé”, de Filipe Martins (Portugal), “Ivan”, de Janez Burger (Eslovénia), e “A Floresta”, de Roman Zhigalov (Rússia), receberam menções honrosas.
O prémio de melhor atriz foi atribuído a Marusa Majer, por “Ivan”, enquanto o prémio de melhor ator foi para Oleg Shibayev, por “A Floresta”.
No que diz respeito às curtas-metragens, o prémio foi atribuído a “Terra Amarela”, de Dinis M. Costa (Portugal), e a animação “Playing House”, de Özgül Gürbüz e Cenk Köksal (Turquia), recebeu a distinção de melhor animação.
No âmbito da Competição Avanca, que reuniu trabalhos produzidos ou coproduzidos a nível local, foi distinguida a curta-metragem “5 cigarrilhas”, de Passos Zamith, o documentário “Casa Amarela”, de Ana Luísa Lopes, e o prémio Estreia Mundial foi para “Pretu Funguli”, de Costa Valente e Monica Musoni.
O júri de cinema foi composto pelo jornalista Germano Campos e pelos cineastas Angelique Muller (Malta), Masoud Soheili (Irão), Simone Saibene (Itália, Espanha), Lolo Arziki (Cabo Verde) e José Carlos de Oliveira.
O festival de Avanca é organizado pelo Cineclube de Avanca e pela Câmara Municipal de Estarreja.
Já este mês, a Câmara Municipal de Estarreja e o Cineclube de Avanca anunciaram que iriam criar um fundo de produção cinematográfica para financiar a produção local.
Na altura, a vereadora da Cultura, Isabel Simões Pinto, disse que “a parceria entre a Câmara de Estarreja e o Cineclube de Avanca vai ser reforçada, com a criação de um fundo de produção cinematográfica”, o “Avanca Film Fund”, desde já dotado pela autarquia com dez mil euros.
Para António Costa Valente, presidente do cineclube que vem organizando o festival, “passados 21 anos, mais de 100 filmes produzidos e com mais de 300 prémios recolhidos pela produtora local, há condições únicas para que Estarreja possa ter uma indústria cinematográfica relevante”.
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