“Barbie” arrecadou 93 milhões de dólares (84 milhões de euros) no seu segundo fim de semana, de acordo com as estimativas da Warner Bros, estúdios da produção do filme.
Por seu turno, “Oppenheimer”, da Universal Pictures, ficou em segundo lugar, com 46,2 milhões de dólares (41 milhões de euros), tendo as vendas de bilheteira de ambos caído 43% e 44%, longe das quedas habituais da segunda semana, provando não serem um fenómeno de um só fim de semana.
Paul Dergarabedian, analista sénior de ‘media’ da empresa de dados Comscore, chama-lhe “um momento marcante para os filmes, os espectadores e as salas de cinema”.
“Ter dois filmes de estúdios rivais ligados desta forma, e ambos a impulsionar as fortunas um do outro – tanto em termos de bilheteira como em termos de perfil – não sei se há comparação para isto nos anais da história das bilheteiras. Não há mesmo comparação para isto”, disse Dergarabedian.
Após a melhor estreia do ano, com 162 milhões de dólares (146 milhões de euros), a sensação pop de “Barbie”, com muitos espectadores a vestirem-se de cor-de-rosa para ver o filme, teve os melhores primeiros 11 dias de sempre nas salas de cinema de qualquer lançamento da Warner Bros.
“Barbie” acumulou rapidamente 351,4 milhões de dólares (318 milhões de euros) nos cinemas dos Estados Unidos e do Canadá. Todos os dias em que foi exibido, “Barbie” ganhou pelo menos 20 milhões de dólares (18 milhões de euros).
O efeito “Barbie” não se verifica apenas na América do Norte. O filme rendeu 122,2 milhões de dólares (110 milhões de euros) a nível internacional durante o fim de semana.
A sua contagem global atingiu os 775 milhões de dólares (703 milhões de euros), o que surpreende até os executivos veteranos dos estúdios.
“É um número louco”, disse Jeff Goldstein, chefe de distribuição da Warner Bros. “Há um público que quer fazer parte do ´zeitgeist´ do momento. Onde quer que se vá, as pessoas estão a usar cor-de-rosa. O cor-de-rosa está a dominar o mundo”.
No meio do frenesim, “Barbie” já está a atrair muitos espectadores repetidos. Goldstein estima que 12% das vendas são de pessoas que voltam com amigos ou familiares para ver o filme de novo.
Para uma indústria cinematográfica que tem tentado recuperar a sua posição de antes da pandemia – e que agora se encontra em grande parte fechada devido a greves de atores e argumentistas — os êxitos de “Barbie” e “Oppenheimer” mostraram o que é possível fazer quando tudo se alinha corretamente.
“Após a pandemia, não há teto nem chão”, disse Goldstein: “Os filmes que falham, realmente falham muito, e os filmes que funcionam, realmente funcionam muito bem.”
No fim de semana de estreia em Portugal, o filme “Barbie” foi o mais visto, com 189.709 espectadores e mais de 1,1 milhões de euros de bilheteira, revelou há dias o Instituto do Cinema e Audiovisual.
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