O festival evoca este ano os “empoderamentos” em “mais de 20 espetáculos”, e expande-se a Vila Nova de Gaia, que se junta aos palcos habituais de Matosinhos, Viana do Castelo, Felgueiras e Porto, explicou, em maio, o diretor artístico, Gonçalo Amorim.
O Porto é a ‘casa’ do evento, sendo que esta autarquia o apoia com “110 mil euros”, revelou então o presidente, Rui Moreira, com vários espetáculos nos espaços do Teatro Municipal do Porto.
No Teatro Campo Alegre, o monólogo “Longe”, de Raquel S, abre o festival, com representações hoje e na quarta-feira, além de “Caranguejo Overdrive”, da brasileira Aquela Companhia, apresentada no Teatro Rivoli, nos mesmos dias, antes de ir à Casa das Artes de Felgueiras, no dia 16.
O Campo Alegre recebe ainda, no sábado e no domingo, “Margem”, a nova obra do português Victor Hugo Pontes, cujo guião tem como ponto de partida a obra “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, adaptada por Joana Craveiro, “com um elenco de adolescentes”.
Também Marco Martins mostra, no Rivoli, “Provisional Figures — Great Yarmouth”, em estreia nacional, uma reflexão sobre o surto migratório português da última década.
Com duas récitas, agendadas para sexta-feira e sábado no Rivoli, a peça, estreada em 25 de maio no Festival de Norfolk e Norwich, foi criada a partir de um trabalho com um grupo de não-atores de Great Yarmouth, na maioria portugueses, a partir das experiências pessoais de imigrantes e locais, para refletir sobre a atualidade política.
Entre os destaques desta edição está a produção mexicana “Mendoza”, de Los Colochos, que é apresentado no dia 20 de junho, pelas 21:00, no Teatro Nacional São João e no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, no dia 22.
O espetáculo, desenvolvido a partir de um laboratório de criação cénica promovido em vários bairros na Cidade do México, entre 2007 e 2013, segue a saga do general José Mendoza, numa adaptação de “Macbeth”, de Shakespeare, para o contexto da revolução mexicana de 1910, pelo encenador Juan Carrillo.
Entre as obras apresentadas no TNSJ, nota ainda para a estreia, na quarta-feira, dia 13 deste mês, da produção própria de “Lulu”, encenada por Nuno M. Cardoso, a partir de Frank Wedekind, em cena no Teatro Carlos Alberto.
À margem dos espetáculos estão ainda várias oficinas, de escrita dramatúrgica à criação colaborativa e internacionalização de projetos, além de um concerto para a Síria, no dia 21, da responsabilidade da Escola Superior Artística do Porto, e dos vários lançamentos de revistas especializadas ou dos debates e de conversas após as récitas.
Em setembro e outubro, o festival volta por um período breve com “programação extra”, devido aos atrasos na receção dos apoios da Direção-Geral das Artes (DGArtes) para a edição de 2018, no valor de 203 mil euros.
No Convento Corpus Christi, em Gaia, e nos dias 14 e 15 de setembro, a chilena Paula Aros Gho vai apresentar “Correo”, num dos momentos da ‘extensão’ temporal do festival.
A residência artística do argentino Federico León “Yo Escribo, Vos Dibujás” realiza-se de 07 a 14 de outubro, no Porto, com a intenção de trabalhar com atores portugueses e estrear uma nova obra no FITEI de 2019.
A 41.ª edição do FITEI arranca hoje e estende-se até 22 de junho, antes de um “período de programação extra”, em setembro e outubro, e inclui mais de 20 espetáculos divididos por espaços em cinco cidades diferentes.
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