A mais internacional das edições do Folio decorre entre hoje e o dia 20 de outubro envolvendo, segundo a câmara de Óbidos, “meio milhar de participantes” nas iniciativas que marcam as “quase 450 horas de programação”.
Este ano subordinado ao tema “O Tempo e o Medo” o festival promove a aproximação entre autores e leitores, desafiando-os a refletir sobre “o amor, a morte, a religião, a guerra e as alterações climáticas”, entre outros temas dos debates intermediados por moderadores das áreas do jornalismo e da crítica literária.
Entre as 210 iniciativas destacam-se as 16 mesas de autores que acontecem às sextas, sábados e domingos, com Alexandre Andrade, Joana Bértholo, Dulce Maria Cardoso, Hélia Correia, José Gil, Lídia Jorge, Nuno Júdice, Rui Cardoso Martins, Ricardo Araújo Pereira, Rui Pedro Tendinha, Patrícia Reis, Valério Romão (Portugal); Ralf Rothmann (Alemanha); José Eduardo Agualusa, Júlio Almeida, Ondjaki (Angola); Tati Bernardi, Geovani Martins, Paulo Werneck (Brasil); Christoffer Petersen (Dinamarca/Gronelândia); Marina Perezagua (Espanha); John Freeman, Donald Ray Pollock (Estados Unidos da América); Mathias Énard (França); Elena Varvello (Itália); e Arne Dahl (Suécia).
Uma das novidades para esta edição é a localização da tenda dos editores na Praça de Santa Maria, com a presença de 15 editoras e um auditório com programação permanente ao longo do festival.
No capítulo Folio Mais, dedicado à programação das editoras, Óbidos vai receber o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que também é poeta e escritor, José Rodrigues dos Santos, que fará o pré-lançamento do seu novo livro e falará sobre a inteligência artificial e o seu impacto na sociedade, além de autores como Valter Hugo Mãe, António Iturbe, Rita Redshoes ou Bárbara Paz, entre outros.
No capítulo da Folia há vários espetáculos garantidos pela Fundação Inatel, que leva à vila os músicos Cristina Branco, Omniri, Danças Ocultas, Recanto, Diabo na Cruz, Por Terras do Zeca e O Gajo.
O Folio Ilustra volta a ser palco para a entrega do Prémio Nacional de Ilustração, além de deter uma programação que visa estreitar o contacto entre criadores e participantes, e na qual se destaca a PIM! - Mostra de Ilustração Para Imaginar o Mundo.
No que toca a exposições, há mais nove para ver ao longo do festival, que volta a debater as questões da educação, leitura e literatura, com oficinas, tertúlias, 'masterclasses' e o 5.º Seminário Internacional de Educação.
No que toca a curadores, destaque para a escolha da jornalista Ana Sousa Dias, no Folio Autores, em conjunto com Pedro Sousa, da Sociedade Vila Literária, que transita da última edição.
No Folio Educa mantém-se a curadoria de Maria José Vitorino e, no Folio Ilustra, a de Mafalda Milhões.
A Folia fica, tal como na edição anterior, sob a responsabilidade da empresa municipal Óbidos Criativa e da Fundação Inatel.
Por último, o Folio +, o capítulo mais alternativo do festival, fica a cargo da Livraria Ler Devagar, gerida por José Pinho.
O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.
A edição do ano passado proporcionou 831 horas de programação, envolvendo 554 participantes diretos, entre autores, pensadores, artistas e criativos, que participaram em 26 mesas de escritores, 25 concertos e 13 exposições, ao longo de 11 dias, com mais de 185 atividades.
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