"Logo que chegámos à fundação tentámos de imediato ver que instrumentos financeiros estariam à disposição para relançar a estratégia da fundação e vimos agora aprovadas esta candidatura no valor de cerca de 450 mil euros", disse à Lusa o presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro.
A candidatura foi financiada em 90% do seu total pelo Programa de Apoio à Valorização e Qualificação do Destino, promovido pelo Turismo de Portugal.
A Fundação Côa Parque está sedeada em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.
"O objetivo desta candidatura passa por preservar o património do Vale do Côa, e colocá-lo ao serviço de uma estratégia de dinamização turística e económica que sirva todo o território", frisou o responsável.
Agora será feita uma distinção do que será necessário fazer no Vale do Côa e nos Núcleos de Arte Rupestre.
"No Museu do Côa é preciso adotar um discurso museológico, que seja mais cativante, mais interativo e mais dinâmico, que esteja em permanente atualização, acompanhando muito de perto os conhecimentos que vão sendo aportados pelas equipas de investigação da fundação", indicou.
Bruno Navarro disse ainda que o Museu do Côa terá de se assumir como "o centro nevrálgico" da programação cultural da região, promovendo o diálogo com as mais diversas manifestações artistas contemporâneas.
"Temos de fazer a ligação de uma arte com mais de 30 mil anos com as manifestações artísticas mais contemporâneas, promovendo um calendário de eventos de elevado potencial turístico, que reforce a projeção nacional e até internacional do museu", explicou.
Para já, foi diagnosticada a necessidade de atualizar a estrutura tecnológica do museu, bem como as demais valências administrativas e funcionais daquele espaço cultural.
Os fundos provenientes da candidatura agora aprovada servirão, também, para reforçar a "marca do museu" através de um plano de ‘marketing’ e comunicação para que seja difundida nas mais diversas plataformas de informação.
Outro dos investimentos passa pela aquisição de novas viaturas, até ao final do ano, destinadas à visitação dos núcleos de arte rupestre, abertos ao público, bem como a implementação de um sistema de videovigilância que complemente o serviço de segurança implementado no Parque e no Museu do Côa.
O protocolo de atribuição dos fundos provenientes da candidatura será assinado na segunda-feira, na presença do ministro da Cultura e da secretária de Estado do Turismo, que marcarão presença no fórum “Turismo sustentável no Côa: que futuro?”.
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