João Pedro Matos Fernandes, que falava aos jornalistas em Lisboa à margem da entrega de prémios a oito dos festivais que aderiram ao programa "Sê-lo Verde", indicou que nos festivais aderentes estiveram "2,1 milhões de espetadores a quem foi transmitida uma fortíssima mensagem ambiental".
Além de ouvirem falar de economia circular, em que se combate o desperdício, tiveram "experiência prática" ao terem água só da torneira disponível, copos que não eram descartáveis e puderam carregar os telemóveis com dispositivos a energia solar.
Estas práticas foram comparticipadas em 500 mil euros no ano de 2017 e permitiram "poupar 250 mil euros só na gestão de resíduos", porque foram produzidas menos 160 mil toneladas de lixo, destacou.
No ano que vem, as condições de entrada no programa serão "mais exigentes" e os festivais terão que ter à partida copos recicláveis e fornecer água da torneira, reservando-se o apoio financeiro a "atividades mais exigentes de educação ambiental e boas práticas".
O dinheiro que o Governo pôs no "Sê-lo Verde" foi "60 por cento do investimento total que foi necessário fazer", enquanto os promotores dos festivais gastaram ao todo cerca de um milhão de euros.
João Paulo Matos Fernandes indicou que se estima que cada espetador de um festival de música é responsável por "7,5 quilos de resíduos".
Como o problema das alterações climáticas e do desperdício "não é só das gerações futuras", o "Sê-lo Verde" propõe-se chegar a outro tipo de festejos ao ar livre com entrada paga, como as feiras medievais promovidas pelas autarquias, em que a idade média dos frequentadores é superior à dos festivais de música, que continuarão a ser os principais envolvidos.
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