O documento, assinado pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes, é estabelecido que a zona especial de proteção do monumento será fixada por portaria.
“O espaço representa um notável exemplo da integração das artes, com arquitetura, escultura e pintura trabalhadas numa perspetiva conjunta, de claro gosto burguês, conjugando com humor e leveza a tradição lusitana e o apelo da Europa cosmopolita e glamorosa ‘fin de siécle’”, é salientado no documento de classificação.
A portaria destacou ainda que, a partir do aproveitamento do exíguo espaço existente, “conseguiu-se uma notável composição artística e arquitetónica que articula elementos, géneros e estilos (painéis de azulejos com temática ‘moderna’ e caricatural, pintura naturalista, mobiliário neoclássico, caixilharias neogóticas, entalhamentos neobarrocos) num cenário de gosto eclético, característico do final de Oitocentos, conservado até hoje com notável integridade”.
A Tabacaria Mónaco, localizada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, foi fundada em 1875, numa loja pombalina “entre o Chiado elegante e intelectual e o Rossio histórico”.
“A sua feição atual resultou de um projeto decorativo encomendado em 1893 ao arquiteto Rosendo Carvalheira, então em início de carreira, que mobilizou um grupo excecional de artistas e artesãos, conjugando as cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro, e as pinturas murais de António Ramalho, com exímios trabalhos de marcenaria”, é ainda destacado.
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