Esta nova edição conta com um prefácio do jornalista Adelino Cunha. “Jorge Jardim – Agente Secreto” foi editada originalmente em 1996, e “há muito [estava] esgotada no mercado nacional”.
“Existem livros que possuem valor histórico por si próprios e livros que acrescentam conhecimento às dinâmicas historiográficas. Este livro do historiador José Freire Antunes tem relevância em ambas as circunstâncias e não deve ser dissociado de nenhuma delas. Por um lado, e embora se trate do exercício biográfico de uma personalidade com traços de excentricidade, a vida de Jorge Jardim mobiliza simultaneamente um vasto recorte cronológico da história contemporânea, de pessoas e de circunstâncias. Por outro, porque este estudo narrativo contribui para a diversificação da historiografia produzida sobre o século XX português e, em grande medida, sobre a história do Estado Novo e da África portuguesa. Trata-se de um exercício editorial de liberdade, porque a liberdade também se constrói contra a hegemonia da interpretação através da diversidade e variabilidade das perspetivas históricas”, afirma Adelino Cunha no prefácio.
A editora, por seu turno, realça, que “a propósito das díspares movimentações de Jorge Jardim, transitam todos os grandes protagonistas da História de Portugal durante quatro décadas, nas esferas da política, da diplomacia, da economia, das Forças Armadas, e também os líderes marcantes da África Austral, de Ian Smith [ex-primeiro-ministro do antigo Estado da Rodésia] a Kenneth Kaunda [(1924-2021), primeiro Presidente da Zâmbia] e a P. W. Botha [que foi presidente da República da África do Sul entre 1984 e 1989], de Julius Nyerere [(1922-1999] ativista anti-colonialista] a Eduardo Mondlane [(1920-1969), primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique], de Hastings Banda[1898-1997], primeiro Presidente do Malawi] a Samora Machel [1933-1986) primeiro Presidente de Moçambique] a Joaquim Chissano [que foi Presidente de Moçambique entre 1986 e 2005] “.
“Jorge Jardim foi um homem de sete ofícios e de sete faces”, afirmam as Publicações D. Quixote.
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