Na categoria de Melhor Filme de Animação encontra-se a coprodução portuguesa “Os Demónios do meu Avô”, de Nuno Beato, que compete com “Black is Beltza II: Ainhoa”, de Fermin Muguruza, “Inspector Sun y la maldición de la viuda negra”, de Julio Soto Gúrpide, “Tadeo Jones 3. La tabla esmeralda”, de Enrique Gato, e “Unicorn Wars”, de Alberto Vázquez.
A história, escrita por Possidónio Cachapa e Cristina Pinheiro a partir de uma ideia de Nuno Beato, decorre numa aldeia imaginária em Vale do Sarronco, povoada de humanos, animais e seres fantásticos inspirados no universo da ceramista Rosa Ramalho.
O filme, apoiado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual, é em ‘stop-motion’ com animação de volumes e em animação 2D, produzido pela Sardinha em Lata e tem coprodução com França e Espanha.
Em competição pelo prémio de melhor filme espanhol do ano estão “Alcarràs”, de Carla Simón, que conquistou o Urso de Ouro em Berlim no ano passado, “As Bestas”, de Rodrigo Sorogoyen, “Cinco Lobitos”, de Alauda Ruiz de Azúa, “La Maternal”, de Pilar Palomero, e “Modelo 77”, de Alberto Rodríguez.
Para além dos prémios alcançados pelo cinema espanhol em 2022, há também a assinalar os dados de espetadores em sala em Espanha: 82,7 milhões de euros em bilheteira, num aproximar dos números pré-pandemia de covid-19, como recorda a agência Efe.
Numa altura em que o assédio e a violência sexual é muito discutida em Espanha, na sociedade em geral e no meio cinematográfico em particular, ainda com o impacto do movimento #MeToo, a Academia espanhola de Cinema anunciou ter “estabelecido um protocolo para prevenir e combater qualquer possível caso de agressão e assédio sexual e/ou de género”, para garantir a segurança de todas as pessoas que participem na cerimónia de hoje.
Os prémios Goya de hoje vão ainda atribuir uma distinção de carreira internacional à francesa Juliette Binoche e homenagear o realizador Carlos Saura, que morreu na véspera da cerimónia.
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