"A ideia de fazer um 'icewine' biológico branco levou cerca de quatro anos e várias tentativas. Este ano produzimos cerca de uma centena de garrafas que foram colocadas no mercado nacional e internacional, a 250 euros a unidade", explicou à Lusa o produtor vinícola Gilberto Pintado.
Segundo o vitivinicultor, este tipo de vinho é feito em países como o Canada ou Estados Unidos da América, onde são utilizadas uvas de colheita tardia, que depois são congeladas para elaborar este tipo de vinho que começa e ser procurado no mercado.
"Durante a produção do vinho congelámos as uvas a sete graus negativos, cujo processo de maceração e fermentação demorou cerca de 60 dias feito em cubas isotérmicas com temperaturas controladas", indicou.
Cada meia tonelada de uvas vai dar origem a cerca de 50 a 70 litros deste vinho biológico. Em condições normais, a mesma quantidade de matéria-prima permitiria produzir mais de 300 litros de vinho.
"As castas utilizadas para elaboração do vinho são autóctones, de vinhas velhas da Região Demarcada do Douro, sendo estas Malvasia Fina Branca, Viosinho, Códega do Larinho, Gouveio Branco ou Verdelho", adiantou o produtor.
O produtor adianta que este vinho se destina a um "nicho de mercado" muito específico de países emergentes e de lojas ‘gourmet’.
Gilberto Pintado disse à Lusa, que o ‘icewine’ foi certificado pelas entidades competentes, ostentando a chancela do Instituto da Vinha e do Vinho.
Para enriquecer o produto, cada garrafa deste ‘icewine’ vai levar uma capa feita em pura seda artesanal e confecionada por artesãs de Freixo de Espada à Cinta, concelho do distrito de Bragança que é uma referência na produção deste produto.
O produtor transmontano prepara entretanto um ‘icewine’ rosé.
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