Em conferência de imprensa realizada hoje no Cinema Trindade, a reabrir em data ainda por anunciar, mas prevista para novembro, o adjunto do presidente da Câmara Municipal do Porto para a Cultura, Guilherme Blanc, afirmou que o cartão vai poder ser adquirido em qualquer uma das quatro salas (incluindo Rivoli e Teatro do Campo Alegre, que compõem o Teatro Municipal do Porto) e custar 10 euros, atribuindo descontos de 25% na aquisição de bilhetes de cinema.
O Tripass (que o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, reconheceu que poderá ser “adaptado” no uso comum para “Tripas”) vai incluir um bilhete de oferta logo no ato de compra e prevê também “convites para sessões especiais e uma comunicação privilegiada mensal”.
Rui Moreira anunciou a formalização de dois protocolos — um no valor de 20 mil euros com o Cinema Trindade e outro de 10 mil euros com o Passos Manuel — que permitam partilhar propostas enviadas para os espaços municipais e aos quais o Teatro Municipal tem tido “progressivamente dificuldades em dar resposta”.
Isto porque, como explicaram os vários responsáveis da autarquia presentes, entre os quais o diretor do Teatro Municipal do Porto, o Rivoli foi “entupido” com propostas para exibição de cinema, algo que, sendo positivo, não deverá impedir o cumprimento da exibição de outros espetáculos, em particular de artes performativas no pequeno auditório daquele espaço.
“A abertura do Trindade é um acontecimento muito relevante na vida cultural da cidade. Porque contraria a tendência inversa, que como todos sabem se verificou ao longo das últimas décadas, de encerramento de salas e de espaços de exibição de cinema no centro do Porto”, afirmou Rui Moreira.
O protocolo, com a duração de um ano eventualmente renovável, visa também a modernização tecnológica de um espaço como o Passos Manuel que, como explicou o responsável António Guimarães, foi alvo de um assalto e desde então não teve capacidade de renovar o material.
De acordo com Rui Moreira, o “triângulo” que agora se forma entre Trindade, Passos Manuel e Teatro Municipal do Porto (e que pode chegar a “quadrilátero” com uma eventual reabertura do Batalha) vai permitir também que esteja assegurada “a exibição de cinematografias essenciais do ponto de vista artístico ou cultural e que muitas vezes nem chegam a estrear no Porto”, algo classificado como “inacreditável”.
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