O vencedor do Prémio Ruy Belo demonstra uma “coerência estrutural do volume, patente na forma como os diversos núcleos imagéticos que explora se vão desdobrando de forma fulgurante”, afirma o comunicado divulgado pela Câmara Municipal de Sintra, que promove o prémio.
O júri do prémio considerou o livro de António Carlos Cortez como “um assinalável salto qualitativo em relação à obra do autor”, que encara o “poema como caçada terrível”.
“Jaguar”, publicado em 2019 pela Dom Quixote, é constituído por 48 poemas em prosa, que abordam temas como o fim da linguagem, a música de Philip Glass, a poesia de Jim Morrison, o sangue de Ian Curtis, a guerra, o Vietname, a literatura e as visões de Rimbaud.
Nascido em Lisboa, em 1976, o autor é também ensaísta e crítico de poesia. Da sua obra fazem parte títulos como “Poética com dicção”, “A dor concreta”, “Animais feridos” e “O nome negro”.
O júri do prémio, destinado a galardoar uma obra poética publicada no biénio 2018/2019, analisou um total de 26 obras.
José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, Ricardo Gil Soeiro, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, e João Rodil, da Câmara Municipal de Sintra, compuseram o júri que avaliou as obras.
O Prémio Ruy Belo já galardoou em anteriores edições António Ramos Rosa, Artur do Cruzeiro Seixas, Fernando Guimarães, Manuel de Freitas e Rui Lage.
O Prémio Literário Ruy Belo tem como objetivo dinamizar e estimular a criação literária e homenagear o poeta de “País Possível” e “O Problema da Habitação”, que viveu no município de Sintra.
A cerimónia de entrega do prémio está marcada para o dia 30 de setembro, pelas 12:00, nos Paços do Concelho, em Sintra.
Na última edição, em 2018, o prémio Ruy Belo foi atribuído ao escritor Rui Laje, pelo livro “Estrada Nacional”, editado em 2016.
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