Entre as cerca de 300 acreditações concedidas na 40.ª edição do Portugal Fashion, destaca-se o número cada vez maior de repórteres internacionais acreditados para o evento e de ‘bloggers’, alguns com mais de 200 mil seguidores, nas redes sociais, que garantem a divulgação “em novos canais de comunicação”, avançou à Lusa Adelino Costa Matos, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), organismo responsável pelo PF.
“O fenómeno da blogosfera contribuiu positivamente para o incremento de acreditações para o Portugal Fashion e, consequentemente, para a divulgação do evento pelos cinco continentes. Um movimento que, de alguns anos a esta parte, se tem profissionalizado”, acrescentou Adelino Costa Matos.
Os ‘bloggers’ que pedem acreditação são “sempre na casa das centenas”, mas o Portugal Fashion procura acreditar os “mais capazes”, “os mais seguidos”, “os influenciadores”, explicou o presidente da ANJE.
“O interesse mediático suscitado pelo Portugal Fashion é hoje o melhor barómetro que temos para avaliar o sucesso do projeto de moda nacional”, realçou Adelino Costa Matos, referindo que há também cada vez mais pedidos de acreditação de órgãos generalistas e especializados em temáticas diversas como por exemplo economia, porque “moda é negócio” e o “caminho internacional” de um projeto iniciado em 1999.
Hoje é o terceiro dia da 40.ª edição do Portugal Fashion, evento que termina no próximo sábado, dia 25, na Alfândega do Porto, com o desfile de 'designer' Miguel Vieira.
O Portugal Fashion 2015-2017 é financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 - Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, com fundos provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Na lista de operações aprovadas deste fundo, pode ler-se que teve um “total aprovado de oito milhões”, para o triénio 2015/2017.
Como explicou o presidente da ANJE ao jornal económico digital ECO, o apoio dos fundos comunitários serve para “alavancar um investimento de 15,97 milhões de euros”.
Os criadores e marcas que habitualmente participam no Portugal Fashion representam uma faturação anual de cerca de 500 milhões de euros, montante que resulta em 65% a 70% de exportações.
As marcas Miguel Vieira ou Luís Onofre, por exemplo, têm anos de fazer “mais de um milhão de euros de resultados líquidos” e passam “largamente os dez milhões de euros de exportações”, disse à agência Lusa o vice-presidente ANJE, Marco Galinha.
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