Relatórios da polícia de Los Angeles dão conta de uma chamada de ordem médica, que envolvia Kanye West, durante a noite de ontem. O músico, que estaria a sofrer de exaustão, foi hospitalizado em Los Angeles, decisão tomada pelos paramédicos no local. Apesar de ter sido uma chamada para a polícia, não existiu qualquer tipo de atividade criminosa.

O incidente aconteceu depois da promotora de West, a Live Nation, ter revelado que as datas dos restantes concertos da Tour "Saint Pablo" haviam sido canceladas e que o valor dos bilhetes iria ser devolvido. Não foi apresentada qualquer justificação. O anúncio do cancelamento da tournée de West surge após de uma semana difícil, marcada por alguns episódios insólitos.

Na passada quinta-feira, Kanye disse num concerto, em San José, na Califórnia, que não tinha exercido o seu direito de voto nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, mas que, caso o tivesse feito, teria dado o seu apoio a Donald Trump. A declaração foi recebida com vaias e assobios.

Dois dias depois, West voltou a insurgir-se em novo concerto, desta feita em Sacramento, também no estado californiano, apupando nomes como Beyoncé, Jay Z ou Mark Zuckerberg. Segundo o The Sacramento Bee, o cantor abandonou o palco após 30 minutos de espetáculo.

As redes sociais não perderam tempo e o assunto tornou-se rapidamente viral no Twitter, onde a hashtag #KanyeIsOverParty virou uma das tendências. 

Dificilmente se pode considerar que estes sejam casos isolados. O músico é conhecido também pelas polémicas em que se envolve ou pelas suas aspirações. West já disse que se pretende candidatar ao cargo de presidente dos Estados Unidos em 2020.

Em entrevista a Annie Mac, da BBC Radio 1, West garantiu que não tinha "visões políticas", apenas tem "uma visão de humanidade". Disse ainda que se queria candidatar porque "se há algo que pode fazer" no seu tempo para "criar uma diferença enquanto está vivo", tentará fazê-lo.