A “Produção de Figurado em Barro de Estremoz”, vulgarmente conhecida como bonecos de Estremoz, foi classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 07 de dezembro de 2017, na sequência de uma candidatura apresentada pelo município do distrito de Évora.

Segundo a autarquia, o evento começa com uma sessão solene, marcada para as 11:00, seguindo-se a entrega de diplomas aos formandos do curso “Técnicas de Produção de Bonecos de Estremoz”, pelo Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE).

Este curso, com 16 formandos, e uma duração de 150 horas, decorre até sexta-feira, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Estremoz.

Trata-se de uma parceria entre o CEARTE, que financia o curso, e o município alentejano, com o objetivo de “dar formação de qualidade” a quem decidiu “aprender tudo sobre os bonecos de Estremoz”.

O programa da iniciativa inclui ainda a entrega da certificação pela Adere-Certifica ao barrista de Estremoz Duarte Catela e, às 12:00, a inauguração da exposição dos trabalhos dos alunos do curso de “Técnicas de Produção de Bonecos de Estremoz”, nos corredores do 1.º piso da câmara municipal.

Os bonecos de Estremoz, o primeiro figurado do mundo a receber a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.