Já é conhecida toda a programação de mais uma edição da Feira do Livro do Porto, que regressa aos Jardins do Palácio de Cristal, de 25 de agosto a 10 de setembro. Na sua décima edição (desde que a sua organização passou para a CMP em 2014), Manuel António Pina é o autor homenageado.

A primeira página desta história é escrita em forma de exposição: "Pina Germano" junta memórias, epístolas e documentos que testemunham "uma amizade de vida portuense, mais forte que a fraternidade, que juntou Manuel António Pina e Germano Silva, companheiros de armas feitas de palavras", diz a Câmara do Porto em nota enviada às redações.

A vida, a obra e a pessoa de Manuel António Pina, norteiam grande parte da programação. A mostra inaugura no primeiro dia da Feira do Livro, 25 de agosto, às 17 horas, e mantém-se na Biblioteca Municipal Almeida Garrett muito para lá do festival literário, até janeiro de 2024.

Na Concha Acústica inaugura-se um mural intitulado “Como se desenha um sonho" que explora o poema "Como se desenha uma casa" e expõe "a casa como alicerce”. Lugar onde se delineia e transforma o contorno do corpo. Onde as recordações se fragmentam, se acumulam, se distanciam, se reposicionam", diz o comunicado.

Para as crianças, a primeira oferta da Feira do Livro são os "Contos à Sexta", onde Clara Haddad conta histórias do Líbano, de Portugal, do Brasil, da França, do México e do mundo.

Dos contos à música, Mafalda Veiga sobe à Concha Acústica para "Dar corda às palavras", no primeiro de uma série de concertos.

Pela noite dentro, a Biblioteca Almeida Garrett celebra "Canções com Pessoa", nas vozes de Ana Deus e Luca Argel, que trazem o espetáculo "Ruído Vário", 15 canções inéditas, escritas quase todas sobre textos do Fernando Pessoa.

Para o presidente da Câmara do Porto, esta não se quer "a maior, nem a mais ruidosa, ainda que sempre ansiada e popular", Feira do Livro.

Não é, pois, "uma Feira que se impõe pela histeria das novidades editoriais, antes convida à descoberta e à flânerie pela Avenida das Tílias", afirma Rui Moreira.

"Uma Feira do Livro que interpela o público, os leitores – os de sempre e os que se estão a descobrir –, e propõe, ano após ano, uma programação rica, vibrante, diversa, que abre espaço à comunhão em torno da palavra escrita ou dita. E os livros, sempre eles, em lugar de destaque".

As três semanas de evento contemplam 20 conversas, 21 concertos, quatro sessões de cinema, cinco sessões de humor e 58 atividades para bebés, infantojuvenis e famílias, além das 108 editoras, livreiros e alfarrabistas distribuídos por 130 pavilhões renovados, para maior conforto e acessibilidade.