A Ana Fernandes (Capicua) e Pedro Geraldes (guitarrista dos Linda Martini) juntam-se, pelas 17h00 do próximo domingo, a António Serginho, na percussão, e Francisca Cortesão, no baixo e vozes, num formato “mais cativante para o público em geral e mais festivo”, explicaram os dois criadores do projeto à agência Lusa.

O objetivo da atuação a quatro é criar “novos arranjos” numa atuação que ofereça “mais possibilidades de crescimento”, referiu a rapper, que revelou que o próprio alinhamento será “diferente” do habitual.

“A ideia é fazer um grande concerto de apresentação do disco, que ainda não tínhamos feito, e queríamos uma modalidade mais festiva, com mais espaço para dançar”, acrescentou a artista, que considera que o “quarteto” terá “mais facilidade em adaptar-se melhor a alguns pedidos, como atuar em festivais ao ar livre”.

“Mão Verde”, um livro-disco com 12 poemas e lengalengas de Capicua com Pedro Geraldes e ilustrações da espanhola Maria Herreros, foi lançado a 30 de setembro de 2016 depois de um concerto no Teatro São Luiz, em Lisboa.

As mensagens abordam o tema do ambiente e da preservação ecológica, com músicas sobre o amor à natureza, o Dia da Árvore, a alimentação vegetariana, ervas aromáticas ou a vida dos insetos numa horta.

No contacto com crianças e pais desde que começaram a apresentar o projeto em concertos, os músicos têm encontrado um público “muito espontâneo e com perguntas muito sinceras”, que está “bem informado” e que adora “contar histórias”.

“São muito contagiados entre eles. Se um disser que gosta de brócolos, todos os outros dizem que também gostam, ou então que não gostam”, comentou Pedro Geraldes.

A “relação de muita curiosidade” das crianças com o tema do ambiente ou mesmo “com questões sobre o cenário, uma ou outra música ou instrumentos” revela, na opinião dos músicos, um tema “que já é óbvio” e no qual os mais novos “têm coisas a dizer”.

“Vou fazendo algumas perguntas durante o concerto. Eles têm coisas a dizer e isso prova que este tema já é muito óbvio para eles. Depois há um interesse muito intuitivo nesta questão das plantas, animais, do ambiente. Eles percebem muito bem esta linguagem de respeito e de cuidado com a natureza, num ponto de vista mais ecologista”, considerou Ana Fernandes.

Quanto aos pais, também eles ficam “a aprender coisas novas”, seja através das notas informativas que acompanham o livro-disco ou pelo contacto com os músicos durante os concertos para famílias.

Apesar da “surpresa” que tiveram com a continuidade de “Mão Verde” desde a apresentação no Teatro Municipal São Luiz, com o lançamento do livro-disco e a digressão pelo país, não está nos planos de Ana e Pedro “virar profissionais da música para crianças”.

“Estamos a gostar muito da experiência, mas não temos essa ambição”, atirou o guitarrista, enquanto a rapper vê um “projeto paralelo e pontual” que se tornou “maior do que era suposto”.

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