De acordo com o MAAT, a mostra de Miguel Palma será inaugurada na terça-feira, às 19:00, abrindo ao público na quarta-feira, ao mesmo tempo que o museu inaugura uma outra exposição, do artista argentino Tomás Saraceno, com esculturas que flutuam no ar.
“A-Z” é o título da mostra do artista Miguel Palma, que ficará patente até 28 de maio no espaço Project Room do MAAT, com uma instalação inédita, constituída por um vasto conjunto de obras sobre papel, realizado ao longo das últimas duas décadas, segundo o sítio ´online´ do museu.
Uma ampla panóplia de temas “forma um léxico complexo e subjetivo, que resulta de observações, perceções e interpretações do mundo contemporâneo, nas suas inúmeras dimensões e conflitos”, segundo o museu.
Traduzido formalmente no que o museu designa por “desenho expandido”, este léxico “desafia ideias e histórias, construindo uma nova dimensão entre ficção e realidade”.
“Com uma metodologia baseada numa imersão total nas situações do real, a prática de Palma assenta numa análise crítica alicerçada no humor, entre a sátira e a paródia, servindo-se de imagens, objetos e qualquer material que melhor sirva essa imersão”, descreve o MAAT sobre a mostra que tem curadoria de Adelaide Ginga e Luísa Santos.
“Um Imaginário Termodinâmico” é o título da mostra de Tomás Saraceno na Galeria Oval do museu, onde ficará até 27 de agosto, com “esculturas que, desafiando a gravidade, flutuam no ar por via da incidência solar, abdicando de hélio ou combustível”.
Em agosto de 1709, Bartolomeu de Gusmão concretizava a primeira elevação de um objeto mais pesado que o ar, que seria o primeiro balão de ar quente alguma vez realizado, precedendo os irmãos Montgolfier – inventores franceses que construíram o primeiro balão tripulado do mundo, em 1783.
“Trezentos anos depois, o artista Tomás Saraceno desenvolve esculturas que (…) são a base de um projeto de investigação intitulado Aeroceno — designação de um tempo em que a raça humana poderá vir a habitar estas estruturas aéreas”.
Na nova intervenção especialmente criada para a Galeria Oval, o artista apresenta uma constelação de esculturas inéditas, “cuja articulação permite vislumbrar a possibilidade de um urbanismo do ´aeroceno´ bem como a visão futurística de novas interações dos seres humanos com a atmosfera do planeta”, acrescenta.
Esta mostra tem curadoria de Pedro Gadanho, diretor do MAAT, e Rita Marques.
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