A “afluência recorde de 10.602 visitantes” ao Museu do Vinho de Alcobaça sagrou-se, segundo a câmara, no “maior registo desde a reabertura ao público” daquele equipamento, em julho de 2013, suplantando “o anterior recorde de 8.067 visitantes”, registado em 2016.
Este foi “o primeiro ano em que os museus alcobacenses superaram os 10 mil visitantes”, sublinhou a autarquia numa nota enviada às redações.
O número de visitantes registados em 2018 no Museu do Vinho representa um aumento de 46% relativamente a 2017 e equivale a “28% do total de visitantes desde a sua reabertura”, refere a mesma nota.
No entendimento da autarquia, os resultados “devem-se sobretudo à fidelização de alguns operadores turísticos nacionais e internacionais de grande escala”, tendo o contingente dos grupos organizados registado, em 2018, “um aumento de 75% face ao ano transato”.
O crescimento dos grupos organizados a visitar o museu suplantou, inclusivamente, “qualquer ano anterior em cerca de 20 a 30%”, divulgou ainda a câmara, vincando que os grupos representaram “60% do total de público de 2018″.
Os dados revelados pela câmara apontam ainda para um aumento de afluência por parte das escolas (mais 13%) e de público nos eventos albergados pelo museu (mais 4,5%), face a 2017.
O museu, que em 2018 diferenciou a sua programação cultural, acolheu “18 eventos entre exposições, concertos, espetáculos de teatro, performances de dança contemporânea e workshops”, tendo ainda integrado a programação de cinco festivais: Books&Movies, Cistermúsica, Manobras, Marionetas na Cidade e Gravíssimo.
Citado na nota de imprensa, o presidente da câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, considera o museu “uma das mais importantes e diferenciadoras valências do concelho”, que se destaca “quer pela sua tipicidade e importância histórica, quer pelo notório crescente interesse que tem gerado”.
Desde a reabertura ao público, em julho de 2013, o museu atraiu 37.852 visitantes, dos quais a maioria (70%) nacionais. Destes 18% foram turistas locais.
Os turistas estrangeiros representaram a terceira incidência de visitas (com 12%), “apesar de, no último ano, terem aumentado e terem suplantando o visitante local”, pode ler-se na mesma nota.
O Museu do Vinho de Alcobaça foi criado a partir do legado de José Eduardo Raposo de Magalhães, que em 1874 criou a Adega do Olival Fechado.
Moderna para o seu tempo e equipada com tecnologia de ponta para a época, a adega deu no séc. XX lugar ao museu, tendo como fundador Manuel Augusto Paixão Marques, delegado da então Junta Nacional do vinho (J.N.V.).
O legado museológico engloba um conjunto de coleções de grande valor histórico e patrimonial, constituído a partir da década de 60, decorrente do encerramento de alguns dos armazéns da J.N.V.
O museu conta com um acervo de mais de 10.000 peças móveis ligadas à enologia, à etnologia, à tecnologia tradicional, à arqueologia industrial, e às artes gráficas, plásticas e decorativas.
No início de 2013 o museu foi encerrado devido à falta de pessoal e foi reaberto pela autarquia seis meses depois, em julho, mantendo-se em atividade desde então.
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