O aRi[t]mar — nome que combina ritmar (de ritmo) e rimar (de poesia) – é um projeto promovido pela Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela para divulgar música e poesia e aproximar as culturas e as línguas da Galiza e de Portugal.
Em comunicado, a organização divulgou hoje que o prémio Melhor Música do Ano 2023 em Portugal foi para Os Quatro e Meia, um grupo formado por seis músicos que tem origem num encontro universitário ocorrido em 2013 em Coimbra.
O grupo, que alcançou notoriedade em Portugal em 2017 com o álbum “Pontos nos Is”, e, em 2022, participou no Festival da Canção com o tema “Amanhã”, ganhou o prémio com a música “Na Escola”.
A banda portuguesa é formada por João Cristóvão (violino e bandolim), Mário Ferreira (acordeão e voz), Pedro Figueiredo (percussão), Ricardo Almeida (voz e guitarra), Rui Marques (contrabaixo) e Tiago Nogueira (voz e violão).
No caso da Galiza, a música eleita como a melhor de 2023 foi Morena, de De Ninghures, uma música lançada em outubro que, “além de ser uma das mais dançantes da banda, é um bom exemplo das confluências que ocorrem neste grupo”, descreve a organização.
Este é um grupo de influências de tradições musicais ibéricas, nomeadamente a galega, bem como de sonoridades magrebinas ou latino-americanas, que é formado por músicos de município galegos como Carvalho, Santiago de Compostela ou Fonsagrada.
Também foram premiados, em Portugal, os artistas Miguel Araújo com o tema “Sagitário”, e Carolina Deslandes, que concorreu ao prémio com “Saia da Carolina”.
Na Galiza, o segundo e terceiro lugares foram para Caamaño&Ameixeiras e Mondra.
“O aRi[t]mar é um projeto didático cultural inicialmente […] que visa divulgar a música e a poesia galego-portuguesa atual, e aproximar a cultura e língua dos dois países no quadro do desenvolvimento da Lei Valentín Paz-Andrade para o aproveitamento do ensino do português e vínculos com a Lusofonia”, termina o comunicado.
Esta foi a nona edição desta competição que, este ano, contou 9.850 votos, “o que representa um aumento de mais de 40% em relação à edição anterior”.
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